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Ministro avalia gratificação a controladores
Waldir Pires, da Defesa, também discute a criação de uma carreira para esses funcionários e a desmilitarização do setor
Presidente do sindicato dos controladores de vôo disse que o sistema de tráfego aéreo ontem "poderia ter entrado em colapso"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Defesa, Waldir
Pires, anunciou ontem que o
governo está fazendo estudos
para criar uma carreira de controladores de vôo e a concessão
de uma gratificação especial
para a categoria, além de discutir a desmilitarização da área.
Pires e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, fizeram
uma videoconferência ontem, a
partir de Brasília, com associações e sindicatos dos controladores, que estão fazendo uma
operação-padrão e gerando um
caos nos aeroportos brasileiros.
O ministro da Defesa disse
que está aberto às "aspirações"
dos controladores.
Pires também se reuniu com
o comandante da Aeronáutica,
brigadeiro Luiz Carlos Bueno,
com o presidente da Infraero
(responsável pela infra-estrutura aeroportuária), brigadeiro
José Carlos Pereira, e o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton
Zuanazzi.
De acordo com o presidente
do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo,
Jorge Botelho, a reunião por videoconferência ajudou a amenizar a crise envolvendo o setor. Ele disse que o sistema de
controle de tráfego aéreo "poderia ter entrado em colapso"
ontem caso não se chegasse a
um acordo com o ministério da
Defesa e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sobre a
decisão do Comando da Aeronáutica de "aquartelar" controladores de vôos.
Segundo Botelho, a criação
de uma carreira "típica de Estado" para a função de controlador de vôo ficou acertada . Ele
também afirmou que houve a
promessa de que a carreira sairia do controle das Forças Armadas e passaria a ser uma profissão exclusivamente civil.
Hoje, existem controladores
de vôos ligados ao Comando da
Aeronáutica e à Infraero -nesse caso, há civis e militares. Na
videoconferência de ontem,
diz, não foi discutido um eventual reajuste de salário para a
categoria, um dos principais
pleitos dos controladores.
Somente fora do comando da
Aeronáutica, afirma, a categoria terá autonomia e liberdade
para reivindicar melhores condições de trabalho.
Mais tempo em solo
Botelho afirmou que não
existe uma operação-padrão
em andamento -que estaria
sendo feita a partir da redução
do número de vôos controlados
por cada operador a, no máximo, 14 simultaneamente.
O que ocorreu, diz, é que os
controladores estão "segurando" as aeronaves por mais tempo no chão. "Seguramos um
pouco mais o avião no solo por
uma questão de segurança."
Os problemas ocorridos ontem já estão sendo equacionados, segundo Botelho.
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