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Obras têm uma década de atraso
DA REPORTAGEM LOCAL
No que dependesse de
projetos e promessas, as
principais obras que serão
entregues no ano que vem
sairiam do papel com dez
anos de atraso.
Uma linha de metrô
com traçado semelhante
ao da 4-amarela (Luz-Vila
Sônia) e a obra de um anel
viário em São Paulo com a
função do Rodoanel, por
exemplo, são propostas
planejadas ou estudadas
há mais de meio século.
E nos anos 1990 seus
projetos foram consolidados e elas foram anunciadas -no primeiro mandato do governo Mário Covas
(1995-2001, PSDB).
A ideia de ampliar a
marginal Tietê também
foi proposta pela prefeitura na década passada, em
1999, na gestão Celso Pitta. Mas, na ocasião, ela
previa a cobrança de pedágio -medida impopular
que acabou freando a continuidade.
A linha 4 é tida por técnicos como uma ligação
ferroviária estratégica,
porque ela terá integração
com três outras linhas do
metrô paulistano -1, 2 e 3.
O governo do Estado
chegou a anunciá-la ainda
em 1996. Mas, diante do
impasse sobre seu financiamento, a obra só foi iniciada oito anos depois.
O Rodoanel começou a
ser prometido com ênfase
pelos governos estadual e
federal em 1997. A previsão era que, até 1999, todas
as alças tivessem sido iniciadas.
Mas, depois de atrasos
em licitações e pendências
ambientais, a obra só começou em 2006. E os trechos leste e norte do anel
viário não tiveram nem as
obras licitadas até hoje.
Mauro Arce, secretário
dos Transportes, disse
acreditar que o trecho leste deve começar em 2010 e
que o trecho norte terá ao
menos a licença ambiental
já no ano que vem.
"São obras que passam
da gestão atual. Tudo depende dos investimentos
dos próximos governos."
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