São Paulo, quarta-feira, 03 de novembro de 2010

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SONIA FERRARI DUTRA (1937-2010)

Uma atriz nas capas das revistas

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Tantos foram os impasses, que a biografia de Sonia Ferrari Dutra, planejada por ela e pela família, nunca foi publicada. A família, agora, pretende tocar o projeto, mesmo que póstumo.
Sonia foi atriz, cantora e mulher de extrema beleza, conta a família. A miss Vasco da Gama começou a carreira aos 17, quando foi convidada a ter o rosto estampado na capa da revista "O Cruzeiro". Na época, ela fazia jiu-jitsu com o pai na academia da família Gracie, e foi descoberta ali. Sairia ainda em capas da revista "Manchete".
Seu pai, Eloy Dutra, foi, durante os anos 60, vice-governador da Guanabara. Por isso, Sonia teve relações com o mundo político. Trocou cartas com Juscelino Kubitschek, quando o ex-presidente estava no exílio, e conheceu Leonel Brizola, Jango e Tancredo Neves.
Chegou a ser enteada da deputada estadual Yara Vargas, sobrinha de Getúlio, e de Hélio Beltrão, que comandou dois ministérios durante o regime militar.
A atriz carioca fez oito filmes, entre os quais "Maria Bonita, Rainha do Cangaço" (1968) e "Um Certo Capitão Rodrigo" (1971). Também participou da novela "O Cafona", da Globo, em 1971, e de peças de teatro.
Após encerrar a carreira artística, que incluiu a gravação de alguns compactos, trabalhou como tesoureira da Caixa Econômica, onde se aposentou.
A única filha, Vivian, ela teve aos 39 anos, com um delegado federal.
Estava com leucemia. Morreu na quinta-feira, no Rio, aos 73 anos, de falência de órgãos. Deixa filha e neta.

coluna.obituario@uol.com.br


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