|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
SONIA FERRARI DUTRA (1937-2010)
Uma atriz nas capas das revistas
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Tantos foram os impasses,
que a biografia de Sonia Ferrari Dutra, planejada por ela
e pela família, nunca foi publicada. A família, agora,
pretende tocar o projeto,
mesmo que póstumo.
Sonia foi atriz, cantora e
mulher de extrema beleza,
conta a família. A miss Vasco
da Gama começou a carreira
aos 17, quando foi convidada
a ter o rosto estampado na
capa da revista "O Cruzeiro".
Na época, ela fazia jiu-jitsu
com o pai na academia da família Gracie, e foi descoberta
ali. Sairia ainda em capas da
revista "Manchete".
Seu pai, Eloy Dutra, foi,
durante os anos 60, vice-governador da Guanabara. Por
isso, Sonia teve relações com
o mundo político. Trocou
cartas com Juscelino Kubitschek, quando o ex-presidente estava no exílio, e conheceu Leonel Brizola, Jango e
Tancredo Neves.
Chegou a ser enteada da
deputada estadual Yara Vargas, sobrinha de Getúlio, e de
Hélio Beltrão, que comandou
dois ministérios durante o regime militar.
A atriz carioca fez oito filmes, entre os quais "Maria
Bonita, Rainha do Cangaço"
(1968) e "Um Certo Capitão
Rodrigo" (1971). Também
participou da novela "O Cafona", da Globo, em 1971, e
de peças de teatro.
Após encerrar a carreira
artística, que incluiu a gravação de alguns compactos,
trabalhou como tesoureira
da Caixa Econômica, onde se
aposentou.
A única filha, Vivian, ela
teve aos 39 anos, com um delegado federal.
Estava com leucemia. Morreu na quinta-feira, no Rio,
aos 73 anos, de falência de órgãos. Deixa filha e neta.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Garagens são os acessos preferidos em arrastões Índice | Comunicar Erros
|