|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SP lidera mortes violentas de jovens
DA SUCURSAL DO RIO
O Estado de São Paulo assumiu
em uma década o primeiro lugar
do país na proporção de mortes
violentas entre jovens do sexo
masculino de 15 a 24 anos em relação ao total de mortes na faixa
etária, segundo o IBGE.
De acordo com os números, em
1990 São Paulo tinha o quarto lugar, com 64,47% de mortes violentas entre o total de óbitos entre
rapazes de 15 a 24 anos. Em 2000,
a participação dessas mortes violentas saltou para 85,63% e o Estado assumiu a liderança que antes
era do Rio de Janeiro. O Rio, que
detinha em 1990 o primeiro lugar,
com 73,35%, caiu em 2000 para o
terceiro, com 75,50%.
O Amapá, que em 1990 estava
em sétimo lugar, saltou para o segundo, com 76,06% em 2000.
O sociólogo Inácio Cano, da
Uerj, discorda dessas conclusões.
Para ele, a proporção de mortes
em relação ao total pode trazer
distorções. Ele disse que nas cidades do Rio e de São Paulo as mortes de rapazes por homicídios se
equivalem, mas entre os Estados,
o Rio ainda é mais violento. Segundo ele, o fato de São Paulo ter
uma população rural maior que a
do Rio reduz os índices de violência no Estado. Já no Rio a maior
parte da população se concentra
na região metropolitana, que tem
índices de violência elevados.
Técnicos do IBGE informaram
que os estudos sobre a violência
nos Estados ainda estão em fase
inicial e que, realmente, os dados
referentes à proporção de mortes
violentas em relação ao total podem conter distorções.
Juarez Castro de Oliveira, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do órgão, citou, entre os problemas, a ocorrência de sub-registros de óbitos
(mortes não atestadas oficialmente) em alguns Estados mais que
em outros. Ele não conseguiu explicar, por exemplo, por que a Bahia passou da 17ª colocação em 90
para a última (27ª) em 2000.
Texto Anterior: Aracy, 71, quer desafiar as estatísticas Próximo Texto: Homicídios e acidentes elevam taxa Índice
|