DA SUCURSAL DO RIO

Outro problema apontado pelos dados do Censo realizado pelo IBGE é a alta proporção de pessoas que não concluíram nem mesmo o ensino fundamental: em 2000, 63,2% das pessoas com mais de 25 anos não tinham terminado a oitava série.
São adultos, portanto, que estão em desvantagem no mercado de trabalho, que cada vez mais exige melhores níveis educacionais. Atacar a baixa escolaridade do contingente de brasileiros adultos é um dos desafios apontados pelos dados do Censo 2000.
Nessa faixa etária, a divisão de acordo com o último nível concluído é a seguinte: 14,6% não concluíram nenhum nível, 0,2% concluíram a alfabetização de adultos; 17,8% cursaram da primeira à terceira série do ensino fundamental, 30,6% cursaram da quarta à sétima série do ensino fundamental; 12,8% concluíram o ensino fundamental e 16,3% concluíram o nível médio.
Somente 6,4% têm a graduação como último nível concluído. A porcentagem dos que concluíram a pós-graduação é ainda menor: apenas 0,4%.
Há 10,4 milhões de brasileiros com mais de 25 anos que nunca frequentaram a escola.
De acordo com a publicação do IBGE, há uma "evidente falta de eficiência e efetividade do sistema educacional no sentido de garantir o acesso e a permanência do estudante na escola".
Para a consultora em educação Dolores Kappel, a população com mais de 25 anos e baixa escolaridade representa, tecnicamente, um "estoque" com o qual é mais difícil obter resultados, pois essas pessoas já estão envolvidas com outros projetos que não apenas os estudo. Normalmente, elas precisam trabalhar.

Longe da escola
Outro problema apontado pelos dados do IBGE é em relação aos jovens, que começam a se afastar da escola na faixa etária de 15 a 17 anos. Desse grupo, 77,7% estão na escola, mas a maior parte, 55%, não cursa o ensino médio, como deveria ocorrer, e sim o ensino fundamental.
O Censo do IBGE mostra também que, quanto menor o rendimento na sala de aula, menor é a frequência à escola.
Na área rural, um terço da população não teve acesso à educação. (FE)


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