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Seguro-desemprego será
ampliado para vítima de SC
Proposta do governo é pagar duas parcelas a mais
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Trabalhadores de Santa Catarina que tenham perdido o
emprego ou cujas empresas estejam impossibilitadas de funcionar serão beneficiados com
medidas de ampliação do seguro-desemprego. O ministro do
Trabalho, Carlos Lupi, anunciou ontem que encaminhou ao
Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) pedido de mudanças
no benefício às vítimas.
Para os desempregados, o seguro-desemprego, que hoje varia de três a cinco meses, será
ampliado em duas parcelas. Já
os trabalhadores de empresas
sem condições de operar e, portanto, de pagar salários, terão
direito ao benefício -que é exclusivo para desempregados.
Segundo Lupi, o presidente
do Codefat, Luiz Fernando
Emediato, deverá baixar uma
resolução nos próximos dias
oficializando a medida. O Ministério do Trabalho não tem
um levantamento preciso de
quantos trabalhadores serão
atendidos e qual será o custo da
medida. "Acreditamos que cerca de 30 mil trabalhadores estão nessa situação", diz Lupi.
O ministro também explicou
que o aumento do limite de R$
2.600 para saque dos recursos
do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço) pelas vítimas das enchentes só depende de um decreto do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
"Estamos concluindo estudos técnicos, mas, do ponto de
vista do fundo, não há impacto
significativo para aumento do
limite", afirmou Lupi, acrescentando que o limite pode ser
o próprio saldo da conta do trabalhador no fundo.
Lupi disse que, com os números nas mãos, o presidente é
quem decidirá qual o valor autorizado para saque em casos
de calamidade. Esse limite está
congelado desde 2004.
Na Câmara dos Deputados,
comissão criada para analisar
as conseqüências da tragédia
quer suspender o pagamento
das dívidas de SC por seis meses. A idéia é apresentar emenda à MP 448, que trata de ajuda
a locais afetados pela chuva.
Colaborou MARIA CLARA CABRAL, da Sucursal
de Brasília
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