São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2010 |
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CONFRONTO NO RIO PF reforça cerco na divisa com a Colômbia Operação na fronteira visa impedir que traficantes que escaparam do Alemão busquem refúgio Suspeita de eventual fuga se deve à relação mantida entre Comando Vermelho e traficantes estabelecidos por lá
DIANA BRITO HUDSON CORRÊA DO RIO A Polícia Federal reforçou o cerco em possíveis rotas de fuga para a Colômbia que possam ser utilizadas por traficantes que escaparam ao cerco do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. Além de reforçar o policiamento nas fronteiras do Brasil com países vizinhos, a PF também faz buscas no Rio com as polícias Militar e Civil. A PF investiga a eventual fuga para a Colômbia devido ao vínculo entre traficantes daquele país e o CV (Comando Vermelho), facção criminosa então responsável pela compra e venda de drogas no Complexão do Alemão. O CV estabeleceu forte contato com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que vende drogas, por meio do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Após fugir do Brasil em 1997, Beira-Mar passou a viver na Colômbia até ser preso e deportado em 2001. RELAÇÕES Segundo a Polícia Federal, as Farc forneciam drogas e armas para traficantes no Complexo do Alemão. Beira-Mar cumpre pena na penitenciária federal em Campo Grande (MS), mas seu braço direito, o traficante Marcelo da Silva Leandro, o Marcelinho Niterói, estava no Complexo do Alemão antes do cerco, diz a polícia. A Folha apurou que outro possível guia dos traficantes do Alemão até a Colômbia é o chileno Carlos Orlando Messina Vidal, 46, o Gringo. Ele é amigo de Beira-Mar e tinha contatos com o traficante Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, que -segundo a Justiça do Rio- deu ordens para os ataques a ônibus e carros no Rio. Além de fazer o cerco aos traficantes, a PF investiga a origem das armas apreendidas nas operações. Quase todo o armamento está com a numeração raspada, o que deve dificultar a identificação de sua origem. A exceção é um fuzil a AR-15, desmontado e com a numeração ainda visível. Texto Anterior: Confronto no Rio: Estratégia se assemelha à do Haiti Próximo Texto: Ocupação: PM diz que ação poderia ser massacre Índice | Comunicar Erros |
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