São Paulo, sexta-feira, 03 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros FOCO "Foi cedo demais", diz soldado baleado no primeiro dia do Exército no Alemão DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO Para seus colegas do Exército, o soldado Walbert Rocha da Silva, 19, é um herói. Foi ferido em combate no Complexo do Alemão. Só ainda não pôde curtir a fama. De sexta, primeiro dia da ação do Exército no cerco, até quarta, ele ficou internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, zona norte. Por sorte, a bala que o feriu atingiu primeiro seu fuzil, o que diminuiu o impacto. Depois da alta, o soldado não foi para casa. Está com os pais e não tem conversado com ninguém, a pedido do pai, que desconfia da movimentação de pessoas estranhas na vizinhança. "Tento acalmá-lo, mas eu mesmo não consigo me acalmar", diz o aposentado Carlos Alberto da Silva. O Comando do Exército investiga o relato de soldados de que traficantes estão indo às casas de militares que moram em favelas, fora do Alemão, fazer ameaças. A ação foi revelada pela Folha. Se dependesse só dele, diz o soldado, voltaria para o front o quanto antes. "Quando levei o tiro, a única coisa que pensei foi: "Estou voltando cedo demais'". Silva entrou para a Brigada de Paraquedistas em março. Não tivera experiência com armas. No front, não fez nenhum disparo. Carlos Alberto, o pai, diz que ficou sabendo do ferimento do filho pela TV. Ele conta ainda que pediu para que o filho não entrasse para o Exército, mas não conseguiu demovê-lo. "É sua paixão", explica ele, sem saber informar a origem. (RP) Texto Anterior: Polícia não acha bandidos em buscas na Tijuca Próximo Texto: Traficantes estão vulneráveis, diz chefe da polícia Índice | Comunicar Erros

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