São Paulo, domingo, 4 de janeiro de 1998.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O garoto da hora

Apaixonado pelo mito, o ator Floriano Peixoto, 39, novo namorado da atriz Vera Fischer, 45, conta que, de perto, ela é normal. Os dois se conheceram na leitura da peça "Gata em Teto de Zinco Quente", que estreou no fim do ano passado, no Maranhão, e o namoro começou na sequência. Peixoto, que interpretou o transformista Sarita na novela "Explode Coração", diz que a beleza de Vera "não tem muita explicação".

Foi a Vera quem te chamou para participar da peça "Gata em Teto de Zinco Quente"? Na verdade, ela nem me conhecia. Só muito rapidamente, da TV. Eu fui indicado para a leitura da peça pelo Moacyr Góes (diretor de teatro). Eu fui, ela gostou.

O clima entre vocês já rolou nessa primeira leitura? Não. A postura dela, então, foi profissional, distante? Distante, não. Ao contrário, ela foi muito carinhosa. Eu até me surpreendi, achei que ela fosse dizer 'qualquer coisa eu te ligo', mas depois ela comentou muito empolgada a leitura.

Daí até o começo do namoro, quanto tempo levou?
Não sei dizer ao certo. Às vezes um olhar vale mais que um beijo.
As pessoas têm curiosidade de saber como é a aproximação de um mito. Não teve isso. O fascinante na Vera é que ela tem essa carga de mito, mas, ao mesmo tempo, com os mais próximos, é uma pessoa normal. Para falar a verdade, eu vejo o mito mais através dos outros, que a tratam assim, do que dela mesma.

A sua relação com homens e mulheres mudou depois da divulgação do namoro com Vera Fischer? Acho até que deve existir uma curiosidade das mulheres pelo homem que está com a Vera Fischer, mas, por enquanto, não chegou a mim. Talvez por causa dessa história de mito, as pessoas têm receio de perguntar para mim coisas dela, e para ela sobre mim.

A imagem que o grande público tem de você é a da personagem Sarita (transformista que Floriano interpretou na novela "Explode Coração"). Acha que o seu namoro com a Vera vai colocar uma pá de cal naquela imagem? Não. Na verdade, acho que o público já vinha esquecendo. Faz tempo que eu fiz a Sarita. Além do mais, naquela época eu fui com a minha mulher ao "Faustão" e ficou aquela idéia 'ah, ele é homem'. Acho que eu fiquei até mais homem, para o público, depois daquilo.

Mas o namoro de vocês ficou público numa boate gay. Não. A gente esteve lá há pouco tempo, já namorando. Eu não conhecia a boate, foi a Vera quem me levou. Nós estávamos a fim de dançar, mas sem ninguém nos perturbando.

Namorar com a Vera Fischer virou, para muita gente, sinônimo de encrenca. Você não tem medo de se envolver em escândalos? De jeito nenhum. Eu não a conheci antes, quando diziam que ela enchia o quengo (bebia) e aprontava. Agora, ela está se tratando. Mas, mesmo que ela ainda aprontasse, eu não evitaria o relacionamento. Na verdade, acho que hoje ela toma mais conta de mim do que eu dela.

Você bebe? Agora menos, por causa dela. Você sente atração por mulheres mais velhas, ou só quando é a Vera Fischer? Nunca namorei uma mulher mais velha. A Vera é muito criança e muito madura ao mesmo tempo. É eclética no gosto, no comportamento, no astral, uma pessoa fascinante. É capaz de usar minissaias com motivos Disney, por exemplo, e parecer uma menina de 18 anos. Ao mesmo tempo, põe um longo preto decotado e vira uma mulheraça.

O que mais atraiu nela? Não foi o físico -mulher bonita tem muita-, mas a energia fantástica que ela irradia. Quando a Vera fica bonita, está nos olhos, no sorriso, não se trata da beleza fria de uma modelo. Não tem muita explicação, não.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.