|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CLIMA REVOLTO
Acompanhados de chuva forte e granizo, fenômenos deixaram feridos leves e cerca de 50 desabrigados em Criciúma
Tornados destroem casas em Santa Catarina
Walmor de Oliveira/"Jornal da Manhã"
|
Moradores da cidade de Criciúma observam construções destruídas pela passagem do tornado, que deixou cerca de 40 desabrigados |
JAIRO MARQUES
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Dois tornados varreram a parte
sul do município de Criciúma (sul
de Santa Catarina) por volta das
16h de ontem. Os fenômenos, que
destruíram ou afetaram parcialmente 178 casas, foram acompanhados de chuva forte e granizo.
Há cerca de 50 desabrigados.
Segundo o Ciram (Centro de Informações de Recursos Ambientais e Hidrometeorologia de Santa
Catarina), os tornados agiram por
cerca de 45 minutos em uma área
menor do que 20 quilômetros. O
primeiro durou sete minutos e teve ventos por volta de 100 km/h.
"O tornado é um parente distante do furacão e tem bem menos intensidade e diâmetro que
ele. Como o fenômeno se forma
de maneira aleatória e muito rápida, geralmente em áreas de encosta, é praticamente impossível prevê-lo", afirmou a meteorologista
Marilena de Lima.
Segundo os bombeiros, não
houve vítimas com os tornados,
mas duas pessoas foram atingidas
por telhas e ficaram gravemente
feridas. Outras cinco tiveram ferimentos leves. Uma mulher teve
parada cardíaca e morreu.
Uma casa caiu no bairro Vila
Manaus, mas a moradora saiu ilesa com um bebê. Oito bairros tiveram a rede elétrica danificada.
Segundo bombeiros, 25 mil pessoas ficaram sem luz.
"Temos a ajuda do Exército para cobrir casas destelhadas e ajudar na remoção das pessoas. Tudo aconteceu de forma muito rápida e não foi possível alertar a
população", disse o coordenador
da Defesa Civil, Sérgio Becke.
A prefeitura pôs à disposição
dos atingidos um ginásio de esportes e mantimentos.
Siderópolis, também no sul catarinense, teve registro de ventos
fortes, de até 50 km/h, mas que
não chegaram a causar estragos.
Segundo o Ciram, há possibilidade de mais chuva forte, com
ventos, na mesma região atingida
pelo tornado nos próximos dias.
No final de março de 2004, um
ciclone raro atingiu o norte do Rio
Grande do Sul e o sul de Santa Catarina, provocando mortes e deixando centenas de desabrigados.
Na cidade de Criciúma, uma das
atingidas, o estado de emergência
chegou a ser decretado. Cerca de
200 árvores caíram e 20 pontos de
alagamento foram registrados. O
Corpo de Bombeiros fez aproximadamente 500 atendimentos.
O fenômeno, batizado de Catarina, atingiu 26 cidades do sul do
país. Só em Santa Catarina, 20
municípios foram afetados. Na
época, a Defesa Civil do Estado estimou o prejuízo em R$ 1 bilhão.
O ciclone causou, na maior parte das cidades, danos ao abastecimento de água, corte de energia e
falhas no sistema de telefonia.
Enxurrada
Também ontem, o garoto Rafael
de Souza Silva, 9, morreu afogado
durante temporal em Campo
Grande (MS), no final da manhã,
quando nadava em um córrego.
O Corpo de Bombeiros resgatou
o corpo do menino minutos depois, morto, na margem do córrego. A chuva derrubou árvores e
causou transtornos em algumas
regiões da cidade que tiveram casas alagadas, segundo bombeiros.
Texto Anterior: Rio: Prefeitura vai pedir laudos para Exército sobre fumaça no Réveillon em Copacabana Próximo Texto: "Passou zunindo aqui perto", diz dona-de-casa Índice
|