São Paulo, segunda-feira, 04 de fevereiro de 2008

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Foliões madrugam para seguir bloco "família" no Rio

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Eram 8h da manhã de um domingo chuvoso no centro do Rio. Mas a única coisa que preocupava os historiadores Tiago Reis, 24, Lívia Vieira, 26, e Rodrigo Lamosa, 26, devidamente fantasiados e embaixo de chuva, era encontrar uma "cerveja bem gelada".
"É o único dia do ano que você pode beber a essa hora sem ser recriminado", dizia Tiago, enquanto esperava o início do desfile do Cordão do Boitatá, um dos blocos precursores do resgate do Carnaval de rua do Rio de Janeiro e que se tornou um dos preferidos entre os cariocas em busca de uma folia alternativa à do sambódromo e dos grandes blocos.
Segundo os organizadores, uma multidão de 30 mil pessoas desfilou atrás do Cordão do Boitatá. A Polícia Militar não divulgou estimativas.
Havia também crianças no bloco. Com apenas 10 meses de idade, Nina Nápole já "desfilava" pela segunda vez no Boitatá. A primeira foi ano passado na barriga da mãe, a nutricionista Bianca Nápole. "Tem muitos blocos familiares no Rio, mas esse é especial, porque resgata o Carnaval antigo."
Essa fórmula ajudou a recriar o gosto pelo Carnaval de rua, diz o médico Mario Gonçalvez, 59, que freqüenta o bloco desde sua primeira edição, há 11 anos, com a mulher, a pedagoga Marília Gonçalvez, 60. "O Boitatá toca só marchas antológicas, ao contrário dos grandes blocos do Rio que tocam só uma música", disse ela.


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