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SAÚDE
Serão gastos R$ 104,1 milhões na campanha federal; objetivo é levar mais de 10,6 milhões de brasileiros aos postos
Vacinação de idosos começa em 17 de abril
ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
Começa no dia 17 de abril a sexta Campanha de Vacinação de
Idosos realizada pelo Ministério
da Saúde. A meta é levar mais de
10,6 milhões de brasileiros aos
postos de vacinação nas duas semanas do programa. Para isso, serão gastos R$ 104,1 milhões.
Os recursos serão distribuídos
na compra de 16,6 milhões de doses de vacina contra a gripe (R$
87,1 milhões) e na aquisição de
300 mil doses de pneumococo,
bactéria usada na proteção contra
pneumonias (R$ 7,3 milhões).
Além disso, serão distribuídos
R$ 4,6 milhões aos Estados e aos
municípios para ações mobilização e treinamento. Serão gastos
ainda R$ 6 milhões na divulgação
da campanha, que repete a fórmula dos anos anteriores e usa a
figura de famosos -o cantor Jair
Rodrigues e o filho Jairzinho serão os garotos-propaganda.
Neste ano, as vacinas usadas foram atualizadas com o material
genético de três vírus, entre eles o
fujian, subtipo do vírus influenza,
que provocou uma epidemia no
último inverno nos EUA.
Segundo o presidente da Fundação Butantan, o médico Isaias
Raw, a epidemia americana ocorreu porque o vírus foi identificado
meses depois da campanha do
país. Ele explica que todos os anos
as vacinas devem ser diferentes
porque, a cada temporada, a
doença é causada por diferentes
subvírus. A gripe causada pelo fujian é bem mais forte, dura mais
tempo e é "um pouco mais perigosa" que as anteriores.
Segundo o médico geriatra João
Toniolo Neto, nos últimos 20
anos o número de mortes causadas pela gripe é igual ao de vítimas
fatais da Aids no período.
Para o infectologista Guido
Levy, a vacina contra a gripe deve
ser uma unanimidade. Ele diz que
a substância é eficaz principalmente para as pessoas jovens e
saudáveis, mas também dá resultados positivos para os idosos. "A
mortalidade entre os que tomam
a vacina é muito menor", diz.
Levy esclarece que a vacina não
causa a doença. "Os vírus usados
estão mortos." Mas completa que
efeitos colaterais podem aparecer
no dia seguinte à aplicação.
As vacinas, que são contra-indicadas para alérgicos a proteína do
ovo, são fabricadas pela multinacional franco-alemã Aventis Pasteur, mas envasadas e controladas
pelo Instituto Butantan.
De acordo com Isaias Raw, em
2006 -quando será concluído
um laboratório de vacinas avaliado em R$ 50 milhões- o instituto
já terá condições de suprir as necessidades nacionais.
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