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SINAL VERDE
Chip ou câmera cruzaria placa com banco de dados; presidente da CET evita prometer gastar montante de multas no trânsito
Prioridade em 2005 é rastreador de veículos
DA REPORTAGEM LOCAL
Roberto Scaringella, atual presidente e fundador da CET nos
anos 70, diz que um de seus principais planos em 2005 é a implantação de um sistema de identificação automática da frota de veículos por chip ou por câmera.
Ele afirma ter encontrado a sinalização de São Paulo "à beira de
um colapso", mas evita se comprometer em cumprir algo que ele
criticava nas gestões anteriores e
que esteve entre as promessas de
campanha de Serra: a aplicação
da receita das multas exclusivamente no trânsito. Leia abaixo
trechos da entrevista à Folha.
Dinheiro das multas
"Você não pode me perguntar
de uma decisão futura que não é
do presidente da CET. Como é
que eu vou te responder? Não sou
eu quem decide", responde Scaringella, ao ser questionado sobre
a aplicação do dinheiro das multas exclusivamente no trânsito.
Ele ressalva ver boa disposição
do prefeito com investimentos no
setor e afirma: "Neste ano, está difícil, está complicado, não apenas
na nossa área, mas em todas. Então cabe à instância superior administrar essa escassez".
Identificação dos carros
Scaringella diz ter como prioridade neste ano um projeto de
identificação automática dos veículos. Já fez um fórum técnico para debater as duas tecnologias
analisadas. Na prática, os carros
seriam identificados por um chip
instalado em cada um -opção
difícil de ser estendida no curto
prazo à frota inteira- ou por
uma câmera que já foi testada pela
Polícia Rodoviária no Sul do país.
Ela faz a leitura das placas e cruza a imagem instantaneamente
com um banco de dados, para
apontar se um veículo é roubado
ou está em situação irregular, sem
licenciamento. "É também um
instrumento de gestão do trânsito", diz, sob a justificativa de que
os dados em tempo real ajudam a
CET a definir ações operacionais.
Colapso na sinalização
"A manutenção de sinalização
horizontal, que é pintura de solo,
vertical, que é placas, e semafórica
estava à beira do colapso. O dinheiro que a CET tinha em 2004
para fazer sinalização e manutenção era 1/4 do necessário", diz.
"O vendaval de sexta-feira provocou avaria séria em 500 dos
5.000 cruzamentos semaforizados. Mobilizamos gente dia e noite e só terminamos ontem [anteontem]. O orçamento aprovado
para a CET neste ano [R$ 145 milhões] não cobre nem a folha de
pagamento [R$ 160 milhões]."
"No ano passado, eu fazia parte
do conselho fiscal da CET. Mas
não estava conivente. Eu questionei a direção da empresa."
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