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CRIME EM PERDIZES
Maristela Greco diz que não há elementos contra seu filho, Gil Rugai; para ela, família vive "pesadelo"
Suspeito de matar pai se entregará, diz mãe
DA REPORTAGEM LOCAL
A mãe do universitário Gil Greco Rugai, 20, Maristela Rodrigues
Greco, afirmou ontem que sua família está vivendo um "pesadelo"
e que seu filho vai se apresentar à
polícia. Gil teve a prisão temporária, por 15 dias, decretada anteontem sob suspeita de ter matado
seu pai, Luiz Rugai, 40, e a mulher,
Alessandra, 33.
Ela declarou que deverá se reunir hoje ou amanhã com Paulo José da Costa Júnior, advogado que
estaria analisando a documentação do inquérito policial neste final de semana. Maristela Greco
disse que eles querem saber de todas as acusações contra Gil para
que ele possa se entregar.
"Todo mundo sabe que ele vai
se apresentar", afirmou ela, que
não quis gravar entrevistas e disse
não ter falado diretamente com
seu filho desde anteontem.
O crime ocorreu às 21h do último domingo, na casa das vítimas,
uma construção de alto padrão
em Perdizes (zona oeste de SP).
Luiz Rugai foi morto com seis tiros. Alessandra, com quatro.
Gil trabalhava no departamento
financeiro da produtora do pai.
Na terça anterior ao crime, havia
sido afastado, depois que Rugai
descobriu um desfalque de mais
de R$ 100 mil na empresa.
Os dois discutiram, e Gil saiu de
casa. A mãe dele afirmou ontem
que essa discussão foi "normal",
que ele tinha uma cama reservada
em "todas as casas" (incluindo a
dela e as das duas avós), mas que
não havia decidido para onde iria.
Entre os indícios que colocariam Gil como suspeito também
está a localização de oito estojos
de pistola 380. Na última quarta, a
polícia localizou na casa das vítimas uma nota fiscal de compra de
um coldre fabricado para pistolas
380, emitida em nome de Gil.
Também havia cartões de lojas de
armamentos e um certificado de
conclusão de um curso de tiro que
ele concluíra recentemente.
Maristela Greco disse que, pelas
informações passadas pelo advogado, não haveria no inquérito
elementos suficientes para a polícia pedir a prisão de seu filho.
Ela afirmou acreditar que esse
pedido possa ter sido resultado da
"pressão da imprensa", que estaria publicando "boatos".
Policiais à paisana foram deslocados pelo DHPP (Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa) para ficar de plantão na frente das casas de parentes de Gil, incluindo uma no litoral paulista.
Os que fazem a vigilância da casa da avó materna de Gil dizem
que ele esteve anteontem na residência, localizada no Sumaré (zona oeste). Ele teria sido visto por
vizinhos pulando um muro.
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