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Emenda 29 deve sair neste ano
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Adiada em 2004 por falta de
consenso no governo federal, a regulamentação da emenda constitucional 29 deve sair do papel neste ano. A emenda vinculou parte
do Orçamento da União, Estados
e municípios à saúde, fixando índices mínimos de investimento.
Mas não deixa claro que tipos de
gasto seriam classificados como
"ações e serviços" em saúde.
Caberá à regulamentação normatizar esse assunto e definir se a
atual forma de correção dos recursos -com base na variação
nominal do PIB (Produto Interno
Bruto), no caso da União- deve
ser mantida ou alterada.
Para o ministro Humberto Costa (Saúde), a melhor maneira seria vincular as despesas de sua
pasta a um percentual do Orçamento da União.
"Quando o PIB fica negativo ou
tem um pequeno crescimento, a
saúde pode deixar de ganhar recursos. E, quando o PIB cresce, há
um desnível entre a saúde e outras
áreas sociais", disse Costa, afirmando ser essa sua opinião pessoal. A posição do governo deve
ser fechada em breve.
No caso de Estados e municípios, os índices mínimos de aplicação na saúde em 2004 estavam
previstos para atingir, respectivamente, 12% e 15% da receita de
impostos, segundo a emenda 29.
Os governos vêm deixando de
cumprir a aplicação mínima. Em
2003, das 27 unidades da Federação, 18 não respeitaram a emenda, o que representou R$ 1,8 bilhão a menos no SUS.
A "perda" chega a R$ 5 bilhões
em quatro anos só em Estados. A
própria União teve de investir
cerca de R$ 590 milhões a mais,
em 2004, por descumprir a medida em 2003.
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