DA AGÊNCIA FOLHA

Um estudo elaborado na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) identificou pelo menos 48 grandes falhas geológicas no país -uma delas passa em Itacarambi.
As falhas descritas na pesquisa, concluída em 2002, são descontinuidades na rocha, uma espécie de "fratura". Elas podem estar inativas e ocorrem apesar de o país estar no meio de uma placa tectônica, o que evita que seja afetado por tremores de maiores proporções.
Abalos sísmicos menores são comuns no Brasil. O município de Alagoinha (PE) foi atingido por uma série de tremores em março. Em três dias, foram cerca de 50 -o de maior intensidade foi de 3,2 graus na escala Richter.
O geólogo Cristiano Chimpliganond, que faz doutorado na UnB, diz que "a história de registros sísmicos no Brasil é muito curta". "Pode ser que amanhã ocorram terremotos de magnitude 5 em São Paulo ou Brasília. A gente não sabe."
O Brasil, afirma, pode ter outras falhas geológicas que ainda não foram identificadas. Segundo ele, regiões onde já houve abalos mais significativos, como Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Mato Grosso, deveriam ter construções reforçadas.
"Tem uma máxima em sismologia que diz que onde tremeu uma vez é quase certeza que vai acontecer de novo. Mas a gente não sabe quando."


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