São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2011

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Tratamento de câncer para por falta de remédio

DE BRASÍLIA

Durante seu tratamento contra câncer de mama, finalizado em janeiro, a funcionária pública aposentada Ana Lídia de Oliveira, 52, chegou a ficar 45 dias sem o remédio. O fornecimento da droga havia sido garantido pela Justiça.
Fabricado pelo laboratório Astrazeneca, o Arimidex é um dos medicamentos que a Secretaria de Saúde de São Paulo diz não ter conseguido comprar pela falta de interessados na licitação.
Em farmácias, a caixa da droga para um mês sai entre R$ 400 e R$ 600.
Como esse medicamento não é oferecido regularmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), Ana Lídia entrou na Justiça. O tratamento dela era diário, e durou cinco anos.
Quando procurava saber o motivo da demora, a explicação era que o governo estava negociando o preço. Ou que havia problema com o pagamento, o que a deixava indignada.
"Tinha que ter feito a negociação antes de dar problema, porque o que eu tinha não era nenhuma gripe", diz Ana Lídia.
Apesar dos obstáculos, ela terminou o tratamento. Mas ficou desanimada com a rede de saúde.


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