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SANTA CATARINA
Gangue é investigada
Justiça condena ex-PMs acusados de 24 crimes
JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA
A Justiça Militar em Santa Catarina condenou ontem, após quase
18 horas de julgamento, 7 dos 14
acusados de envolvimento na
gangue de policiais militares que
ficou conhecida no Estado como
"Os 12 Apóstolos".
Os ex-policiais (expulsos da
corporação) foram acusados por
24 crimes, entre eles assaltos, furtos, arrombamentos, abandono
de posto, desobediência a superiores, tráfico de drogas e coação.
As ações, segundo o Ministério
Público, teriam acontecido entre
1995 e 1999 nos municípios da
Grande Florianópolis.
As penas aplicadas variam de 2
anos e 3 meses a 16 anos de prisão.
A maior condenação foi para o
soldado Jailson Martins, que seria
o líder do grupo.
Quatro soldados, um cabo e
dois sargentos vão ficar presos em
quartéis da Polícia Militar catarinense. Cabe recurso da sentença
ao Tribunal de Justiça.
"Fiquei bastante satisfeito com
o resultado", disse o promotor de
Justiça Sidney Eloy Dalabrida,
que disse ter investigado o caso
durante quase um ano, antes de
apresentar a denúncia.
Os 14 envolvidos na gangue trabalhavam juntos no 7º Batalhão
da PM, em Florianópolis. O grupo
é suspeito de ter assaltado motéis,
postos de combustíveis e lojas.
Ainda há investigações em andamento que poderão incriminar
outros policiais da corporação,
inclusive oficiais. Os ex-PMs também deverão responder por crimes na Justiça comum.
Dezenas de pessoas acompanharam o julgamento que ocorreu no Tribunal do Júri no Fórum
de Florianópolis. Os 11 advogados
dos acusados queriam desmembrar a sessão alegando que seus
clientes respondiam por denúncias distintas. O juiz-auditor que
conduziu os trabalhos, Getúlio
Corrêa, negou o pedido.
A grupo ficou conhecido como
"Os 12 Apóstolos" por ser esse o
nome usado como senha entre os
ex-policiais militares, segundo o
Ministério Público.
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