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Após crime, Unicamp estuda reforço na segurança
RODRIGO ROSSI
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Após um homicídio e o registro
de crimes dentro da moradia estudantil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a
reitoria deu início a um estudo
para implantar medidas que aumentem a segurança no local.
Neste ano, 11 das 251 residências
de estudantes do local foram furtadas, segundo uma sindicância
interna da Unicamp. No ano passado, a universidade informou
que foram registrados dois furtos
e um atentado violento ao pudor
dentro da moradia. Os casos, segundo a instituição, estão sendo
investigados pela polícia e pela
equipe de vigilância do local.
Na madrugada do último sábado, o desempregado Bruno Carvalho de Souza, 22, foi assassinado com um tiro no pescoço enquanto participava de uma festa
promovida na moradia estudantil. Foi o primeiro homicídio registrado nos 15 anos de existência
das residências.
De acordo com a Polícia Civil,
um suspeito do assassinato de
Souza já foi identificado, mas ninguém foi preso pelo homicídio.
Ontem, estava previsto o depoimento da namorada do desempregado, que estava acompanhando a vítima na festa.
A Unicamp começou ontem os
trabalhos para definir quais serão
as medidas adotadas para conter
a violência na moradia. A universidade deve divulgar o plano de
segurança a ser implantado do local nos próximos dias, segundo
sua assessoria de imprensa.
A Polícia Civil informou ontem
que considera haver uma vulnerabilidade muito grande em alguns dos departamentos da universidade, incluindo a moradia
estudantil -onde o acesso às residências é livre, apesar das guaritas de vigilância.
O coordenador do programa de
moradia estudantil da Unicamp,
Gustavo Paim Valença, 43, afirmou que existe uma vigilância no
bloco de residências, mas que ela
não pode impedir a entrada de
pessoas no local.
Recentemente, a Unicamp também anunciou que cercaria com
um alambrado a lateral do campus que faz divisa com uma fazenda. O motivo da iniciativa foi um
furto na faculdade de medicina.
Na ocasião, dois vigilantes foram
rendidos e amarrados por bandidos, que levaram computadores.
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