|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professores e funcionários das
Fatecs unificam reivindicações
DA REPORTAGEM LOCAL
Os professores e funcionários
em greve nas Fatecs (Faculdades
de Tecnologia) e nas ETEs (Escolas Técnicas Estaduais) decidiram, na tarde de ontem, em assembléia extraordinária, unificar
a pauta de reivindicações das
duas entidades representativas
das categorias e apresentá-la à Secretaria de Ciência, Tecnologia,
Desenvolvimento Econômico e
Turismo do Estado de São Paulo.
A medida foi motivada por um
pedido do secretário João Carlos
de Souza Meirelles para facilitar a
negociação do governo com o
Sindicato dos Trabalhadores do
Centro Paula Souza (Sinteps) e a
Associação dos Docentes das Faculdades de Tecnologia do Centro
Paula Souza (Adfatec). O governo
afirma que está no limite prudencial de gastos com pessoal, definido pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, o que o impede de conceder aumentos e, por isso, pediu a
ampliação da pauta da greve, que
já dura dois meses e meio.
As principais reivindicações
unificadas são o reajuste salarial
de 72,22%, a não-punição dos
grevistas, o pagamento integral
do período de greve, a realização
do vestibular (Fatec) e do vestibulinho (ETEs) para as unidades de
ensino no segundo semestre.
Os grevistas pedem ainda a formação de uma comissão com
educadores, funcionários e o Centro Paula Souza (que administra
as escolas) para a negociação, a
cada mês subseqüente ao fechamento do quadrimestre da arrecadação do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços), do cumprimento da pauta.
Os grevistas se comprometem
no documento, que deve ser assinado pelo secretário, a suspender
a greve e a repor os dias de aula
perdidos tão logo as negociações
com a secretaria tenham início.
"As ameaças de corte e de demissão feitas na semana passada
pelo secretário foi o que mais motivou os grevistas a apresentarem
uma proposta de trégua", afirmou Neusa Santana Alves, presidente do Sinteps.
Para o secretário-adjunto da
Ciência e Tecnologia do Estado,
Fernando Dias Menezes de Almeida, o impasse criado pela greve chega agora a um momento de
"diálogo e consenso", motivado
por um gesto "de extrema boa
vontade" de ambas as partes.
"Com a ampliação da pauta de
reivindicações, o governo pode
negociar aquilo que está a seu alcance, já que a questão da reposição salarial só pode ser tratada
quando a Lei de Responsabilidade Fiscal o permitir, após o fechamento quadrimestral."
Almeida disse que o documento
será discutido hoje pela secretaria
e pela superintendência do Centro Paula Souza.
(FERNANDA MENA)
Texto Anterior: Violência aponta controle falho no acesso à moradia Próximo Texto: Ação pede suspensão de reserva de vaga para estudante carente no Rio Índice
|