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Assassino dos estudantes cometerá novo crime se ficar livre, afirmam psiquiatras
DA REPORTAGEM LOCAL
O assassino de Liana e Felipe
não tem condições de ser reintegrado à sociedade e precisa
ser mantido em uma unidade
para criminosos com problemas mentais, segundo a opinião de psiquiatras ouvidos pela Folha. Os médicos concordam que, em liberdade, o assassino vai cometer novos crimes.
O psiquiatra forense Breno
Montanari Ramos, um dos que
assinaram laudos do assassino,
afirma que ele tem consciência
do crime que cometeu e deve
ser mantido preso e sob constante vigilância.
"Ele tem impulso para cometer crime. Pelo quadro clínico,
pelo crime cometido, teria que
cumprir pena por crime hediondo. A solução não é médica, mas jurídica. Ele teve condições de cometer o crime, logo,
pode cometer outros. Na minha opinião, teria que responder como um criminoso comum", afirma Ramos.
O psiquiatra forense Guido
Palomba só discorda da capacidade de discernimento do rapaz. "Ele é portador de uma
perturbação mental persistente, irreversível. Indivíduos como ele, quando colocados no
convívio com a sociedade, não
demoram a recomeçar a atividade criminosa", diz. Palomba.
"É uma situação que exige internação. A meu ver, será uma
internação para toda a vida do
rapaz", declara o médico.
Para outra psiquiatra forense, Hilda Clotilde Penteado
Morana, criminosos como ele
deveriam ser encaminhados a
unidades prisionais destinadas
a psicopatas, que só são encontradas no exterior.
""Os laudos mostraram que
ele é um psicopata perverso,
incapaz de ter remorso, de ter
consideração pelo próximo.
Ele é um indivíduo que tem
elevadíssima probabilidade de
reincidência criminal", afirma.
(DANIELA ARRAIS e JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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