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Após duas cirurgias, paciente míope fica com hipermetropia e astigmatismo
DA REPORTAGEM LOCAL
Muitos pacientes dizem que
ganharam uma vida nova após
o Lasik, mas há outros que se
arrependem de ter feito a cirurgia e se queixam das seqüelas.
É o caso da jornalista Patrícia
Polo, 30. Conhecendo os bons
resultados em outras pessoas,
decidiu operar para corrigir seu
1,25 grau de miopia -nos dois
olhos. Mas se arrependeu em
pouco tempo, porque não apenas não se livrou da miopia como herdou graus de hipermetropia e astigmatismo.
"Tinha que usar óculos. Essa
situação incomodava, afinal,
ninguém gosta. Aproveitei uma
decisão da Justiça que beneficiou os usuários de planos de
saúde e fiz, pela primeira vez,
em 2001", afirma Polo.
Poucos meses depois, ela voltou ao médico e viu que, somando as três doenças, tinha
1,75 grau. A recomendação dada foi que fizesse de novo a cirurgia. No ano seguinte, 2002,
o procedimento foi feito novamente e melhorou a visão de
Polo, inicialmente. Porém, segundo ela, a regressão começou
seis meses depois.
"Comprovadamente, as minhas cirurgias foram um fracasso. Tanto que, no ano passado, fui fazer o exame para renovar a minha carteira de habilitação e passou a constar a necessidade de lente corretiva.
Continuo tendo que usar óculos. Não enxergo de longe nem
à noite", afirma.
Diferentemente de Patrícia,
o anestesista Georgio Garcia
Morante Parra, 28, que tinha
miopia muito mais acentuada
que Patrícia (6,5 graus) teve
êxito na cirurgia. Ele conta que
operou os dois olhos no mesmo
dia, em 2006, e que, nessa data,
já enxergava normalmente.
"Sai da operação usando óculos escuros e, na primeira noite,
usei uma proteção. Deu tudo
100% certo", afirma o médico,
que reside em Curitiba.
Parra diz que só então pôde
abandonar os óculos, após dez
anos de uso. "Comecei a perceber que tinha miopia na escola,
quando tinha 16 anos. Ela evoluiu muito em alguns anos.
Agora, voltei a ver como antes."
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