São Paulo, segunda-feira, 04 de maio de 2009

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Ruas do centro são tomadas por lixo na Virada Cultural

Houve falhas na varrição e na coleta, diz prefeitura

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os shows passam, o lixo fica. A Virada Cultural, que terminou ontem, transformou algumas ruas do centro em uma espécie de lixão a céu aberto, por conta de falhas na organização da limpeza e do déficit de varredores no centro.
No largo do Arouche e na avenida São João, por exemplo, os espaços públicos foram tomados por garrafas plásticas, caixas de pizza, restos de alimentos e outros detritos.
Desde o dia 20 de abril, como a Folha noticiou no sábado, a região central está com 228 pessoas a menos na varrição.
Segundo o sindicato dos garis, esse é o número de ajudantes de limpeza que eram usados pela prefeitura como varredores, apesar de não terem os mesmos direitos trabalhistas. Após convenção, eles paralisaram as atividades.
No largo do Arouche, a reportagem encontrou apenas um gari na tarde de ontem.
Já na avenida Ipiranga, a reportagem contou cinco garis. Um deles disse que faltava pessoal, especialmente para limpar as calçadas.
Se na lotada avenida São João o lixo era imediatamente associado à multidão, na vazia região da 25 de Março papéis e sacos plásticos abertos por catadores voavam pelas calçadas.
Apesar de ter quase triplicado o número de banheiros químicos (foi para 900) e contratado empresa para coletar o lixo do evento, a prefeitura não disponibilizou lixeiras extras.
"Falta lixeira e as pessoas não estão acostumadas a guardar o próprio lixo. O meu está na minha bolsa. Parece uma tradição: ver show e jogar lixo no chão", diz a professora Regina Campos, 46.
O presidente da SPTuris, responsável pela organização da Virada Cultural (em parceria com Secretaria de Cultura), Caio Carvalho, diz que houve falhas na varrição e na coleta. Disse ainda que vai averiguar se o problema foi a diminuição de efetivo (não falou o número exato) ou por excesso de lixo.
Esse excesso, afirma, seria devido a um público "maior que o estimado" em determinados pontos. Ele diz que, devido à multidão, os caminhões não conseguiam chegar aos banheiros químicos para fazer a limpeza programada. (ANDRÉ LOBATO e NATÁLIA PAIVA) Folha Online
Ouça o prefeito Gilberto Kassab sobre a questão do lixo na Virada Cultural

www.folha.com.br/091231


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