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Morador terá 30 dias para recuperar calçada no Morumbi
Buracos, mato, sujeira e outras irregularidades poderão render multas para donos de imóveis de 458 ruas do bairro
Não há, contudo, prazo para regularização de áreas problemáticas mantidas pelo poder público, como praças que não têm calçada
EVANDRO SPINELLI
MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Moradores do Morumbi (zona oeste de São Paulo) estão
sendo avisados pela prefeitura
de que têm 30 dias para recuperar calçadas tomadas por mato,
buracos e entulho que dificultam a circulação de pedestres.
A Subprefeitura do Butantã,
responsável pela área, está fazendo um mutirão para identificar irregularidades e notificar
os donos dos imóveis, que terão
30 dias para resolver os problemas e evitar as multas.
A ação vale apenas para as
calçadas particulares. Áreas
públicas, como praças, continuam com problemas e não há
prazo para regularização.
O mapeamento terminou
ontem. Todos os fiscais e engenheiros da subprefeitura foram
deslocados para a tarefa de uma
semana, em 458 ruas.
As regras para as calçadas valem para toda a cidade, mas a
fiscalização costuma ser esporádica. Segundo a legislação
municipal, o passeio precisa ter
pelo menos 90 cm de largura de
área pavimentada, livre de buracos, ondulações, mato etc..
Canteiros devem ter pelo
menos 30 cm de largura, além
da área livre prevista.
Os 90 cm de espaço não são
aleatórios. Essa é a largura necessária para a passagem de
uma cadeira de rodas. Mas a
prioridade da operação no Morumbi não é para a acessibilidade para deficientes. Degraus na
área de passagem não serão fiscalizados neste momento.
O subprefeito Regis Gehlen
de Oliveira disse que o mutirão
será levado para toda a área da
subprefeitura -distritos de Butantã, Rio Pequeno, Raposo Tavares e Vila Sônia-, mas não há
perspectiva de ser feito no resto
da cidade.
Para Marcia Vairoletti, presidente da Associação de Segurança e Cidadania, que atua na
região, a subprefeitura deveria
intensificar a fiscalização pelas
obras em andamento. "As
obras recentes não estão sendo
fiscalizadas."
Espaços públicos
São comuns também problemas em áreas mantidas pela
prefeitura. Na praça na esquina
das ruas Osvaldo Leite Ribeiro
e Francisco Lettiere, por exemplo, não existe calçada.
Oliveira admite que há outros casos assim e afirma que a
subprefeitura está fazendo "a
lição de casa" ao cuidar das praças da região, mas que o orçamento é restrito.
"Os recursos para a subprefeitura não são tão grandes que
a gente consiga realizar tudo.
Mas já é um alvo de preocupação", afirma.
E quando o obstáculo para os
pedestres é uma árvore, que só
pode ser retirada pelo poder
público? Para o subprefeito,
nesse caso, a vegetação é prioridade. "Se precisar, a gente remove, mas vai ser a última decisão. A árvore teria prioridade,
porque São Paulo é uma cidade
que requer vegetação."
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