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Secretário quer criar fundo para premiar policiais
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
O secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro
Abreu Filho, disse ontem em Santos (SP) que planeja a criação de
um fundo destinado a premiar os
policiais civis e militares que apresentarem melhor produtividade.
Abreu Filho afirmou que vem
realizando reuniões com empresários e organizações não-governamentais interessados em destinar doações para a segurança pública. Segundo ele, o fundo não receberá contribuições do orçamento estadual -somente recursos privados.
De acordo com o secretário, a intenção é premiar policiais, individualmente, e distritos e companhias da PM, coletivamente.
Os critérios para a destinação
dos prêmios serão baseados em
indicadores estatísticos da secretaria e na escolha de um "júri" a
ser criado pelos doadores.
"Em vez de [o empresário"
comprar armamento [para doar à
polícia", ele contribuiria para o
fundo. Seria melhor do que ter
ações esparsas. Com o fundo, poderíamos fazer uma gestão melhor desses recursos", afirmou
Abreu Filho.
Entre os indicadores a serem
considerados para fins de premiação, segundo o secretário, estão os
índices de redução de criminalidade e de solução de crimes e a
qualidade de atendimento ao cidadão.
Também será levada em conta,
de acordo com Abreu Filho, a
quantidade de armas apreendidas, medida adotada pelo governo da Bahia, que oferece prêmio
em dinheiro para os policiais por
arma ilegal tirada de circulação.
O governador Geraldo Alckmin
(PSDB), que esteve ontem em
Santos para entregar veículos às
polícias Civil e Militar, afirmou
que pediu à Secretaria da Segurança Pública uma análise da viabilidade jurídica para implantação da medida.
"Desarmar, retirar arma da rua,
é fundamental", declarou Alckmin, que disse defender a proibição da venda de armas para o Paraguai.
"A quantidade de armas contrabandeadas que entra aqui é uma
barbaridade", afirmou o governador do Estado.
Segundo dados da Secretaria da
Segurança Pública, 2.500 armas
são apreendidas mensalmente no
Estado pela Polícia Militar.
O comandante-geral da PM, coronel Alberto Silveira Rodrigues,
disse que ainda não tinha sido informado pelo secretário a respeito
do plano de premiar policiais.
Ele afirmou, porém, ser contrário à medida adotada na Bahia de
pagar ao policial por arma apreendida.
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