DA REPORTAGEM LOCAL

DA "FOLHA ONLINE"

Uma possível tentativa de fuga frustrada pela polícia causou um princípio de rebelião no cadeião de Pinheiros (zona oeste de São Paulo) ontem à tarde. Após uma operação "pente fino" organizada pelo Grupo de Operações Especiais, detentos da Unidade 3 dominaram o carcereiro. Dois presos ficaram feridos.
Os policiais entraram na cadeia por volta das 16h, a pedido do diretor da prisão, para revistar as celas. Foram encontrados ganchos de metal e cordas de lençol ("teresas"), que seriam utilizadas em uma fuga próxima, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Após a revista, os presos dominaram o carcereiro, por volta das 17h20. A situação só se normalizou às 18h, quando policiais atiraram para o alto. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, os disparos ricochetearam no muro e feriram "levemente" dois detentos.
Até o fechamento dessa edição, a secretaria não informou a quantidade de presos na unidade. Também não forneceu a capacidade do cadeião. Havia, segundo o órgão, "em torno de mil detentos" no princípio de rebelião.

"Cavalo doido"
Com o plano de fuga frustrado, os detentos passaram a correr em grupo -prática que chamam de "cavalo doido"- e ocuparam o pátio da cadeia. Soltos no pátio, os detentos exibiram uma faixa com a inscrição PCC (Primeiro Comando da Capital).
No dia 23 de maio, a polícia apresentou um organograma do PCC e disse ter enfraquecido a facção. Os principais líderes foram transferidos para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km de São Paulo), que conta com celas individuais e bloqueador de celular.



Texto Anterior: 20 fogem durante partida do Brasil
Próximo Texto: SP tem 2.000 escolas sem câmeras
Índice