São Paulo, terça-feira, 04 de junho de 2002

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Dados do caso Belo podem ter vazado

DA SUCURSAL DO RIO

A polícia do Rio suspeita que tenha havido vazamento de informações sigilosas das investigações que envolvem o cantor Belo, acusado de manter associação criminosa com traficantes.
Belo, 28, teve a prisão decretada pela Justiça na quarta-feira passada e está foragido desde então.
O chefe-de-gabinete da Polícia Civil, Pedro Paulo Pinho, disse que há suspeita de vazamento porque, quando a Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado) foi cumprir um mandado de busca na casa do cantor no Rio, encontrou lá seu então advogado, Sylvio Guerra. Uma sindicância aberta na Corregedoria da Polícia Civil apura o suposto vazamento.
Outra sindicância apura se houve pagamento de propina a dois delegados do Rio: Álvaro Lins, ex-chefe da Polícia Civil, e Ricardo Hallack, titular da Draco.
A nova sindicância requisitará uma segunda fita apresentada por um dos advogados de Belo, Alberto Louvera. Na gravação, Sylvio Guerra pede R$ 300 mil ao cantor para pagar aos dois delegados, que abafariam o caso.
Na nova fita, Belo reconhece que falou com Vado e autoriza o pagamento. Anteontem, em entrevista à Rede TV!, Guerra afirmou que mentiu a Belo. O dinheiro pagaria seus honorários.
A OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro) abriu ontem processo ético-disciplinar sumário contra Guerra por ter mentido ao cliente.
Procurado ontem pela Folha, Guerra não foi encontrado.
Um pedido de habeas corpus chegou ao Tribunal de Justiça do Rio ontem, pleiteando autorização para que Belo responda ao processo em liberdade. É assinado por um novo advogado, Alberto Leite Fernandes, de São Paulo. Procurado pela Folha, Louvera disse continuava no caso.



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