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Ministro diz que ação será modelo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao comentar os resultados da
Operação Águia, o ministro da
Justiça, Márcio Thomaz Bastos,
disse que a ação "sigilosa" e
"bem-sucedida" deve se converter em modelo de cooperação entre governos estaduais e a PF (Polícia Federal).
Bastos informou que a operação
foi desencadeada em fevereiro, a
pedido do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS). A
motivação teria vindo das reiteradas denúncias de envolvimento
de policiais do Estado com o crime organizado.
Ao comentar o papel da Polícia
Federal no combate à corrupção,
Thomaz Bastos disse que não se
trata de uma ação de expurgo das
polícias estaduais.
Para o ministro, trata-se de um
trabalho de combate ao crime organizado "para dentro, da mesma
forma que estamos fazendo isso
para fora".
O diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, acredita que o número de
prisões deva aumentar assim que
for implantada a nova estrutura
da órgão, que aguarda aprovação
da Casa Civil.
Lacerda referia-se, especialmente, à criação de uma delegacia
destinada ao combate ao tráfico
de armas ilícitas.
"Policial gosta muito disso [tráfico de armas]", declarou o diretor-geral, explicando que o resultado das ações deverá comprovar
essa prática.
A detecção desses crimes, porém, deverá se dar de maneira
ainda incipiente, segundo o diretor-geral.
Estimativa de corruptos
Lacerda disse que a prisão de
quadrilhas nas quais há o envolvimento e até o comando de policiais não significa que a corrupção esteja generalizada em todas
as polícias.
"Você tem 10% de policiais altamente corruptos, outros 10% que
ficam indignados e os 80% restantes são omissos, o que dá a idéia
de que a corrupção é generalizada. Mas não é", afirmou o diretor-geral.
(ANDREA MICHAEL)
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