UOL


São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ministro diz que ação será modelo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao comentar os resultados da Operação Águia, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que a ação "sigilosa" e "bem-sucedida" deve se converter em modelo de cooperação entre governos estaduais e a PF (Polícia Federal).
Bastos informou que a operação foi desencadeada em fevereiro, a pedido do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS). A motivação teria vindo das reiteradas denúncias de envolvimento de policiais do Estado com o crime organizado.
Ao comentar o papel da Polícia Federal no combate à corrupção, Thomaz Bastos disse que não se trata de uma ação de expurgo das polícias estaduais.
Para o ministro, trata-se de um trabalho de combate ao crime organizado "para dentro, da mesma forma que estamos fazendo isso para fora".
O diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, acredita que o número de prisões deva aumentar assim que for implantada a nova estrutura da órgão, que aguarda aprovação da Casa Civil.
Lacerda referia-se, especialmente, à criação de uma delegacia destinada ao combate ao tráfico de armas ilícitas.
"Policial gosta muito disso [tráfico de armas]", declarou o diretor-geral, explicando que o resultado das ações deverá comprovar essa prática.
A detecção desses crimes, porém, deverá se dar de maneira ainda incipiente, segundo o diretor-geral.

Estimativa de corruptos
Lacerda disse que a prisão de quadrilhas nas quais há o envolvimento e até o comando de policiais não significa que a corrupção esteja generalizada em todas as polícias.
"Você tem 10% de policiais altamente corruptos, outros 10% que ficam indignados e os 80% restantes são omissos, o que dá a idéia de que a corrupção é generalizada. Mas não é", afirmou o diretor-geral. (ANDREA MICHAEL)


Texto Anterior: Outro lado: Advogado vai pedir habeas corpus hoje
Próximo Texto: Mortes
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.