São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2004

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Elaboração de tabela custou R$ 1 mi ao CFM

JAIRO MARQUES
DA AGÊNCIA FOLHA

O CFM (Conselho Federal de Medicina) tem como "questão de honra" que os planos de saúde paguem aos médicos os valores estabelecidos na CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos) para evitar que haja constrangimentos aos conveniados e um "caos" no sistema de saúde.
Para chegar aos valores exigidos pelos médicos por seus procedimentos, uma consulta a R$ 42, por exemplo, o CFM desembolsou cerca de R$ 1 milhão em uma pesquisa nacional realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), há dois anos.
"A classificação é um ponto de honra. É a dignidade da categoria. É um pagamento justo. Infelizmente, a medida será: onde não houver acerto com os planos, o médico não atenderá pelo convênio", afirmou Roberto Dávila, diretor-corregedor do CFM.
Segundo Dávila, o atendimento aos pacientes de convênios com problemas não será suspenso para evitar "caos" no sistema de saúde do país.
"Nos últimos oito anos, as seguradoras tiveram cerca de 200% de aumento. Os nossos honorários sempre foram muito baixos. Não sei como suportamos por tanto tempo. Não vamos recuar."


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