do Conselho Editorial

Informes da Polícia Civil de São Paulo indicam que o tráfico de drogas se infiltrou nas escolas públicas e particulares -o que explicaria, em parte, as brigas e agressões entre os alunos.
A percepção do perigo da droga apareceu com destaque na pesquisa. De cada 100 entrevistados, 80 consideram a venda de drogas nas escolas um "problema grave".
Essa mesma percepção fez com que a polícia civil elaborasse um plano, rejeitado pela Secretaria da Educação, para que se infiltrassem policiais dentro da escola, disfarçados de professores e alunos.
O tráfico entrou na escola porque os alunos, já dependentes, vêem na venda uma forma de pagar o vício: o pagamento é feito não em dinheiro, mas em droga.
Pesquisas realizadas por psiquiatras mostram que a escala do vício começa, em geral, levando o indivíduo a vender seus pertences. Depois a furtar objetos da família.
Uma das alternativas passa ser vender a droga na escola; já que o microtraficante é de classe média, não chama atenção da polícia.
Registros policiais têm demonstrado crescente participação de jovens dessa classe entre os presos por tráfico. Escolas privadas de elite estão montando programas especiais de prevenção e de tratamento de usuários - uma idéia em alta é incluir o debate sobre o tema no próprio currículo.



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