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EDUCAÇÃO
Funcionários de universidades federais dizem que paralisarão as atividades se não forem recebidos hoje pelo MEC
Servidor em greve ameaça parar hospitais
da Sucursal de Brasília
Servidores de universidades e escolas técnicas e agrotécnicas federais ameaçam paralisar hospitais e
restaurantes que funcionam dentro dessas instituições, caso não
sejam recebidos hoje por um representante do MEC (Ministério
da Educação).
Hospitais e restaurantes de universidades são os únicos núcleos
não atingidos até agora pela greve
de professores e servidores, que já
dura mais de dois meses.
A Fasubra (entidade que representa os funcionários técnico-administrativos) e o Sinafe (entidade
que representa trabalhadores de
escolas técnicas e agrotécnicas)
têm um encontro hoje com o secretário de Ensino Superior, Abílio Baeta.
As duas entidades, no entanto,
decidiram radicalizar, afirmando
que outros três encontros já foram
desmarcados pelo Ministério da
Educação e que um novo adiamento não será tolerado.
Para as duas entidades, o MEC
quer, com os sucessivos adiamentos, ganhar tempo e desgastar o
movimento.
Ontem, o ministro Paulo Renato
Souza (Educação) e a Andes (entidade que representa os professores de universidades federais) se
reuniram para tentar chegar a um
acordo. Até o fechamento desta
edição, a reunião não havia terminado.
De qualquer modo, os professores conseguiram uma vitória, com
o recuo do ministro de mandar até
ontem um projeto de lei ao Congresso prevendo a criação das gratificações que seriam dadas aos
docentes como uma forma de reajuste. Por pressão de parlamentares ligados à área de educação, o
envio do projeto ao Congresso foi
adiado até que o ministro receba
sugestões de parlamentares e da
Andes.
O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
criticou ontem a greve dos professores universitários, que chamou
de "exagerada", e apelou para que
voltem ao trabalho.
Segundo ACM, a reivindicação
salarial é justa, mas os professores
devem pensar nas consequências.
"Os estudantes querem estudar",
afirmou o senador, dizendo estar
falando em nome dos milhares de
estudantes e pais que sofrem com
a paralisação.
Empréstimo
A Associação dos Docentes da
Universidade Federal do Rio
Grande do Sul emprestou ontem,
das 9h às 11h, R$ 20 mil para 40
professores que estão em greve e
sem receber salário. Eles foram os
primeiros a aderirem à idéia da
entidade de emprestar dinheiro
aos grevistas -R$ 500, no máximo, para cada interessado- apresentada na última assembléia da
categoria pela direção da Adufrgs.
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