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UNE quer impedir provão durante greve
da Agência Folha
A UNE (União Nacional dos Estudantes) e os diretórios estudantis em dez Estados vão entrar com
ações na Justiça para garantir que
os alunos das universidades federais em greve não façam o provão
(Exame Nacional de Cursos).
Os testes estão marcados para
domingo, dia 7. Estão inscritos
138.617 graduandos de dez cursos.
"Não somos contra o provão, mas
não concordamos com o método
utilizado", disse o presidente da
UNE, Ricardo Cappelli.
Representantes da UNE se reuniram ontem com o ministro Paulo
Renato Souza para solicitar a suspensão do exame.
A entidade vai entrar, hoje, em
Brasília, com uma ação popular na
Justiça Federal contra o MEC (Ministério da Educação).
Em dez Estados, os diretórios
dos estudantes vão entrar com
ações cautelares para garantir que
os estudantes das universidades
em greve não participem do provão. O teste é obrigatório para todos os alunos que estão concluindo os cursos neste ano.
Com a realização provão, serão
avaliados 1.704 cursos abrangendo
dez áreas: Administração, Direito,
Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Química, Jornalismo, Letras, Matemática, Medicina Veterinária e Odontologia.
Em Belo Horizonte, cerca de 150
estudantes fizeram um ato de protesto ontem na BR-040, uma das
vias de acesso à capital mineira.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, eles bloquearam a pista por
uma hora e meia, provocando um
congestionamento de cinco quilômetros nos dois sentidos.
Durante o ato, os estudantes distribuíram panfletos de desaprovação quanto a realização do provão.
No Maranhão os protestos são
semelhantes. Cerca de 40% dos 380
alunos inscritos da UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
devem boicotar o exame entregando a prova em branco.
"A idéia é colar um adesivo na
prova como no ano passado", diz
Ádila Kariny, 23, estudante de serviço social da UFMA.
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