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Professores da
USP e Unesp
param hoje
RITA NAZARETH
da Reportagem Local
Os professores da USP (Universidade de São Paulo) e Unesp
(Universidade Estadual Paulista)
decidiram paralisar suas atividades hoje, em campanha por aumento salarial.
Eles protestam contra os 3% de
reajuste de salário anunciados pelo Cruesp (Conselho de Reitores
das Universidades Estaduais Paulistas) em maio, mês de sua data-base.
Os professores das universidades estaduais paulistas reivindicam imediatamente um reajuste
salarial de 15% e um aumento gradual dos salários até chegar a 25%
no mês de novembro deste ano.
Já os docentes e funcionários em
geral da Unicamp (Universidade
de Campinas), que integra o grupo das três universidades abrangidas pelo Cruesp, decidiram não
participar da paralisação de hoje,
embora também apóiem a campanha salarial.
De acordo com a Associação dos
Docentes da Unicamp, os professores não irão parar as atividades
por falta de organização, mas não
devem ficar fora do manifesto.
Está prevista a distribuição de
panfletos nas salas de aula e os
professores que aderirem ao movimento irão debater com os alunos a situação da política educacional do país, sobretudo a das
universidades estaduais paulistas.
Distribuição de livros
Os professores da USP pretendem inovar na manifestação e fazer o que chamam de "protesto
consciente", distribuindo livros
infanto-juvenis nas escolas e bibliotecas públicas do Butantã (zona sudoeste de São Paulo).
Serão entregues 1.300 livros diretamente aos alunos da Escola
Estadual Daniel Paulo Verano
Pontes. Outros 1.800 livros serão
encaminhados às bibliotecas das
escolas do bairro.
Também na USP ocorrerão debates em defesa da universidade
pública, a partir das 15h, no Instituto de Matemática.
Segundo a assessoria de comunicação do Cruesp, o conselho
não tem ainda uma posição oficial
sobre a manifestação.
O órgão informou, no entanto,
que, por enquanto, não há propostas salariais que ultrapassem
os 3% de reajuste.
Os professores das universidades estaduais paulistas não descartam a possibilidade de início de
uma greve, a exemplo da que está
ocorrendo desde 31 de março nas
universidades federais.
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