São Paulo, quinta, 4 de junho de 1998

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Professores da USP e Unesp param hoje

RITA NAZARETH
da Reportagem Local

Os professores da USP (Universidade de São Paulo) e Unesp (Universidade Estadual Paulista) decidiram paralisar suas atividades hoje, em campanha por aumento salarial.
Eles protestam contra os 3% de reajuste de salário anunciados pelo Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) em maio, mês de sua data-base.
Os professores das universidades estaduais paulistas reivindicam imediatamente um reajuste salarial de 15% e um aumento gradual dos salários até chegar a 25% no mês de novembro deste ano.
Já os docentes e funcionários em geral da Unicamp (Universidade de Campinas), que integra o grupo das três universidades abrangidas pelo Cruesp, decidiram não participar da paralisação de hoje, embora também apóiem a campanha salarial.
De acordo com a Associação dos Docentes da Unicamp, os professores não irão parar as atividades por falta de organização, mas não devem ficar fora do manifesto.
Está prevista a distribuição de panfletos nas salas de aula e os professores que aderirem ao movimento irão debater com os alunos a situação da política educacional do país, sobretudo a das universidades estaduais paulistas.
Distribuição de livros
Os professores da USP pretendem inovar na manifestação e fazer o que chamam de "protesto consciente", distribuindo livros infanto-juvenis nas escolas e bibliotecas públicas do Butantã (zona sudoeste de São Paulo).
Serão entregues 1.300 livros diretamente aos alunos da Escola Estadual Daniel Paulo Verano Pontes. Outros 1.800 livros serão encaminhados às bibliotecas das escolas do bairro.
Também na USP ocorrerão debates em defesa da universidade pública, a partir das 15h, no Instituto de Matemática.
Segundo a assessoria de comunicação do Cruesp, o conselho não tem ainda uma posição oficial sobre a manifestação.
O órgão informou, no entanto, que, por enquanto, não há propostas salariais que ultrapassem os 3% de reajuste.
Os professores das universidades estaduais paulistas não descartam a possibilidade de início de uma greve, a exemplo da que está ocorrendo desde 31 de março nas universidades federais.



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