São Paulo, quarta-feira, 04 de julho de 2007 |
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Em Londrina, caixões para obesos tinham termos como "baleia" para identificá-los
MARI TORTATO DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA O serviço funerário de Londrina (378 km de Curitiba) teve que mudar a identificação dos caixões para pessoas obesas após a reclamação de uma família da cidade. Morta aos 63 anos e pesando 140 kg, a dona-de-casa Nair Domingues da Silva Sarmento foi enterrada no último dia 10 em um caixão modelo ""002 baleia", segundo nota fiscal da Acesf (Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina). Após protesto dos filhos de Nair, a Prefeitura de Londrina trocou a identificação de caixões modelos ""baleia" e ""gorda" para ""grande" e ""extragrande", respectivamente. Ao encomendar o caixão, Márcio Sarmento, 30, filho de Nair, disse que ele, um irmão e o pai notaram cartazes impressos em computador com os dizeres ""baleia 1", ""baleia 2", ""gorda 1" e ""gorda 2", colados nas pilhas de caixões do depósito da Acesf. O serviço do funeral custou R$ 700. Segundo Sarmento, a família estuda processar a prefeitura por danos morais. ""Ficamos chocados com o desrespeito, com a discriminação. Minha mãe sofreu a vida inteira com a obesidade, uma das causas de sua morte", disse a filha mais velha, Rosângela Sarmento, 39. Londrina não tem funerárias privadas. ""Como [o serviço] é monopólio, a gente não pode nem virar as costas e dizer que vai procurar outra empresa", disse Rosangela. Após a queixa da família, o superintendente da Acesf, Osvaldo Moreira Neto, mudou a nomenclatura dos caixões. A direção da Acesf diz que já estudava a troca da nomenclatura há um ano. Alegou ainda que os termos que eram usados foram cunhados nas três fábricas fornecedoras de caixões à prefeitura. Texto Anterior: SP registra recorde histórico de dengue Próximo Texto: Violência: Jovem é atacado com barra de ferro no Rio Índice |
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