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Ladrão mata executiva na frente do neto
O crime ocorreu no início da noite de quinta-feira no bairro do Butantã, na zona oeste de São Paulo; o criminoso fugiu
Segundo a polícia, Eunice Terazzi, 61, tinha acabado de estacionar e ia tirar
o garoto de 4 anos do carro; ela levou um tiro na testa
AFONSO BENITES
DA REPORTAGEM LOCAL
A executiva Eunice Terazzi,
61, foi assassinada com um tiro
na cabeça na noite de anteontem quando chegava à casa de
seu namorado no bairro Butantã, zona oeste de São Paulo. O
neto dela, de quatro anos, presenciou o crime.
O caso foi registrado na Polícia Civil como latrocínio (roubo seguido de morte). Entretanto, segundo a filha da vítima,
Gláucia Terazzi de Souza, 33,
nada foi levado.
O crime ocorreu por volta
das 19h30 de quinta-feira na
rua Henrique Botticini, uma
via sem saída onde vivem famílias de classe média.
Conforme a polícia, a executiva estacionou o carro e desceu. Foi abordada quando abria
uma das portas traseiras para
pegar o neto. Moradores da região disseram ter ouvido um
grito seguido de um estampido.
Eunice foi achada com um tiro na testa no banco traseiro do
carro, segundo a polícia.
Vizinhos relataram que, após
o barulho de tiro, viram um homem de casaco escuro fugindo
a pé. Minutos depois, a rua estava fechada. "Parecia uma cena de filme. Tinha carro de polícia para tudo quanto era lado", disse a aposentada Maria
Cecília Sampaio, 64, que vive ao
lado do local do crime.
Vovó
A filha disse que Eunice não
tinha inimigos. Ela acredita que
a mãe se assustou quando foi
abordada. "Parece que o cara
foi tentar roubar o carro [Fiat
Idea] e, como ela gritou, ele atirou", disse Gláucia.
Dois vigilantes trabalham na
rua onde ocorreu o crime, mas
nenhum deles estava no local
no momento do assassinato.
Claudionor Alves, 63, vigilante
do turno matutino há 20 anos,
afirma que nunca houve um
homicídio naquela rua.
Divorciada, Eunice Terazzi
trabalhava na revista "Noiva
Linda" e tinha um relacionamento de 25 anos com Antonio
Augusto de Oliveira, 71. Gláucia
era sua única filha.
Segundo o boletim de ocorrência, o neto de Eunice contou
que "o doido atirou". Para a
mãe, o garoto contou que a "vovó estava cheia de sangue".
Investigação
Ninguém havia sido preso até
o início da noite de ontem. O
caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. Segundo o delegado Antonio Tadeu Rossi Cunha, a suspeita é de latrocínio.
"Não descartamos nenhuma
hipótese. Mas, pelo que apuramos até agora, ela [Eunice] era
uma pessoa tranquila. Parece
que a pessoa queria roubá-la,
mas, como ela se assustou, acabou levando um tiro", disse.
Conforme o delegado, ainda
não é possível dizer quantas
pessoas atuaram no crime. Para ajudar na investigação, a polícia solicitou as imagens captadas pelas câmeras de um edifício da região.
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