São Paulo, domingo, 04 de agosto de 2002

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Alegação é exagerada, diz Souza Cruz

DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

A Souza Cruz considera exageradas as alegações de Marcos Ribeiro da Costa de que o cigarro teria causado pneumotórax e ativado seus problemas psiquiátricos, segundo Antônio Rezende, gerente jurídico da empresa.
"Não há associação entre pneumotórax e o consumo de cigarros. É um problema que tem múltiplas causas", afirma Rezende.
Na ação, o ex-funcionário diz ter fumado até 200 cigarros em três horas. "Isso é impossível. No painel de fumo, as pessoas fumam dois ou três cigarros." O consumo médio é de quatro cigarros por dia, diz. Segundo o gerente, há até não-fumante entre os avaliadores.
Costa diz que o consumo de 200 cigarros não era só dele -era dos dez integrantes dos testes.
Apesar de 30 funcionários da Souza Cruz se reunirem duas vezes por dia para testar cigarros, Rezende afirma que "não existe provador de cigarro, como existe provador de cerveja ou de vinho".
A ocupação não existiria, na visão da empresa, porque é uma tarefa ocasional, que não ocupa todo o expediente do funcionário.
Outra diferença, diz Rezende, é que se trata de trabalho voluntário feito com um produto legal.
"Todos os procedimentos da Souza Cruz são seguros para a saúde de seus funcionários", diz. O Ministério do Trabalho já vistoriou o painel de fumo e aprovou o processo, segundo Rezende.
Ele confirma que o ex-funcionário ganhou uma causa trabalhista contra a Souza Cruz porque a empresa o demitiu quando ele estava com problemas psiquiátricos.


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