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Núcleo atenderá 300 jovens na comunidade
DA SUCURSAL DO RIO
As marcas de balas nas paredes de casas continuam lá,
mas a inauguração da sede
do AfroReggae criou novas
imagens para a rua Joaquim
de Queirós, por onde, em 27
de junho, policiais entraram
na favela da Grota. A operação resultou em 19 mortos na
comunidade, uma das 11 do
complexo do Alemão.
Ontem, cerca de 400 pessoas, boa parte crianças, assistiram a apresentações de
Afro Lata, Afro Samba e outros. O principal momento
foi o show do Casseta & Planeta, cujos integrantes tiraram fotos com os moradores.
"Por enquanto, nós só temos capacidade para atender
300 jovens, mas é um primeiro passo. A gente ajuda
até onde a nossa mão alcança", disse o coordenador do
núcleo, Chico Oliveira, advogado que já atuou em outras
sedes do AfroReggae.
"A gente fica com a esperança de que as coisas melhorem. Moro há 30 anos no
Alemão, tenho aqui netos e
bisnetos, está todo mundo
no bom caminho", afirmou
uma senhora que preferiu
não se identificar.
Segundo moradores, há
três semanas -desde o início
do Pan, portanto- o ambiente na Grota está calmo, sem
conflito entre policiais e traficantes. Ontem, soldados da
Força Nacional de Segurança
vigiavam a entrada da favela.
As oficinas de percussão,
dança e circo do núcleo do
AfroReggae contam com 150
jovens e adolescentes. No dia
16, começa a de grafite.
(LFV)
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