São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2007

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Núcleo atenderá 300 jovens na comunidade

DA SUCURSAL DO RIO

As marcas de balas nas paredes de casas continuam lá, mas a inauguração da sede do AfroReggae criou novas imagens para a rua Joaquim de Queirós, por onde, em 27 de junho, policiais entraram na favela da Grota. A operação resultou em 19 mortos na comunidade, uma das 11 do complexo do Alemão.
Ontem, cerca de 400 pessoas, boa parte crianças, assistiram a apresentações de Afro Lata, Afro Samba e outros. O principal momento foi o show do Casseta & Planeta, cujos integrantes tiraram fotos com os moradores.
"Por enquanto, nós só temos capacidade para atender 300 jovens, mas é um primeiro passo. A gente ajuda até onde a nossa mão alcança", disse o coordenador do núcleo, Chico Oliveira, advogado que já atuou em outras sedes do AfroReggae.
"A gente fica com a esperança de que as coisas melhorem. Moro há 30 anos no Alemão, tenho aqui netos e bisnetos, está todo mundo no bom caminho", afirmou uma senhora que preferiu não se identificar.
Segundo moradores, há três semanas -desde o início do Pan, portanto- o ambiente na Grota está calmo, sem conflito entre policiais e traficantes. Ontem, soldados da Força Nacional de Segurança vigiavam a entrada da favela.
As oficinas de percussão, dança e circo do núcleo do AfroReggae contam com 150 jovens e adolescentes. No dia 16, começa a de grafite. (LFV)


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