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Maioria quer crianças menores de três anos
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO
Criado em abril de 2008, o
Cadastro Nacional de Adoção
revela que o número de pessoas
habilitadas para adotar um filho no Brasil é mais de seis vezes maior que o de crianças disponíveis para adoção na Justiça. A formação das famílias, porém, esbarra no descompasso
entre o que os futuros pais buscam e a realidade encontrada
nos abrigos.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, que unificou os
dados estaduais ao criar o cadastro, cerca de 80% dos
23.283 pretendentes habilitados para a adoção em julho
queriam crianças com até três
anos -pouco mais de 6% das
3.657 crianças cadastradas estavam nessa faixa etária.
Outra preferência, de 41%
dos pretendentes, é por filhos
brancos. Quase 64% das crianças, porém, são pardas, negras,
indígenas ou amarelas.
Além disso, quase 86% desejavam adotar apenas uma
criança, mas 71% delas tinham
irmãos. Com a nova lei, elas não
podem ser separadas.
Apesar disso, o juiz Francisco
de Oliveira Neto, coordenador
da campanha Mude um Destino, da AMB (Associação dos
Magistrados Brasileiros), considera que a alteração na legislação deve levar ao aumento
das adoções no país. "O número
de crianças para a adoção será
maior, por causa do prazo máximo de dois anos em abrigos."
Desde a criação do cadastro,
houve apenas 113 aproximações entre pretendentes e
crianças cadastrados. O número de adoções já realizadas chega a 50, e outros 50 processos
estão em andamento.
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