São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009

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Maioria quer crianças menores de três anos

CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
DENISE MENCHEN
DA SUCURSAL DO RIO

Criado em abril de 2008, o Cadastro Nacional de Adoção revela que o número de pessoas habilitadas para adotar um filho no Brasil é mais de seis vezes maior que o de crianças disponíveis para adoção na Justiça. A formação das famílias, porém, esbarra no descompasso entre o que os futuros pais buscam e a realidade encontrada nos abrigos.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, que unificou os dados estaduais ao criar o cadastro, cerca de 80% dos 23.283 pretendentes habilitados para a adoção em julho queriam crianças com até três anos -pouco mais de 6% das 3.657 crianças cadastradas estavam nessa faixa etária.
Outra preferência, de 41% dos pretendentes, é por filhos brancos. Quase 64% das crianças, porém, são pardas, negras, indígenas ou amarelas.
Além disso, quase 86% desejavam adotar apenas uma criança, mas 71% delas tinham irmãos. Com a nova lei, elas não podem ser separadas.
Apesar disso, o juiz Francisco de Oliveira Neto, coordenador da campanha Mude um Destino, da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), considera que a alteração na legislação deve levar ao aumento das adoções no país. "O número de crianças para a adoção será maior, por causa do prazo máximo de dois anos em abrigos."
Desde a criação do cadastro, houve apenas 113 aproximações entre pretendentes e crianças cadastrados. O número de adoções já realizadas chega a 50, e outros 50 processos estão em andamento.


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