São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2011

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Caso do Land Rover tem guerra de versões

Pessoas ouvidas pela polícia sobre atropelamento na Vila Madalena divergem a respeito de quem dirigia carro

Ontem à noite, houve até acareação entre duas testemunhas do acidente que matou o jovem Vitor Gurman


GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

ARTUR RODRIGUES
DO "AGORA"

A investigação sobre a morte do administrador de empresas Vitor Gurman, 24, se transformou numa guerra de versões de testemunhas.
Pessoas ouvidas pela polícia têm apresentado relatos conflitantes a respeito de quem dirigia o Land Rover que o atropelou no dia 23, na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo.
Estavam no jipe a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, 28, e o engenheiro Roberto de Souza Lima, 34.
Namorados, eles tinham acabado de sair de um bar. A nutricionista afirma que assumiu o volante porque o engenheiro, dono do carro, não tinha condições de dirigir.
Ontem, mais testemunhas falaram à polícia sobre o acidente da rua Natingui.
Uma delas confirmou a versão segundo a qual Gabriella estava ao volante.
Outras duas, no entanto, disseram que o motorista era o seu namorado. Essas testemunhas participaram de uma acareação e voltaram atrás em suas versões.
Uma quarta testemunha ouvida ontem disse que estava de moto quando cruzou com o jipe pouco antes do acidente. Ela afirma ter visto ao volante um homem pardo e sem barba. Lima tem pele clara e barba. Essa testemunha, porém, é vista com cautela pelos investigadores.
A identidade dos ouvidos ontem não foi revelada.
Pelo menos 11 pessoas, entre elas PMs que atenderam a ocorrência, foram interrogadas sobre o caso até agora.

INÍCIO DA DIVERGÊNCIA
Após o casal que estava no jipe ser ouvido pelos policiais, a jornalista Ingrid Basílio foi espontaneamente à polícia dizer que Lima dirigia na hora do acidente, iniciando a guerra de versões.
Por enquanto, a polícia afirma que a versão segundo a qual a nutricionista estava ao volante é a mais factível.
Ao final do inquérito, ela pode ser indiciada sob suspeita de homicídio doloso.
O advogado da família Gurman, Alexandre Venturini, afirmou ontem que seus clientes estão interessados apenas em esclarecer o que ocorreu naquela noite.


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