São Paulo, quarta-feira, 04 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DIREITO DE RESPOSTA

Rio teve o melhor programa social de sua história sem populismo

A seguir, direito de resposta concedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro à candidata do PSB ao governo fluminense, Rosinha Garotinho, em razão de coluna de Marilene Felinto publicada no caderno Cotidiano, na edição do último dia 13 de agosto:

"Sofri duras críticas que chegaram à calúnia e injúria por parte da jornalista Marilene Felinto, aqui neste jornal, na edição do último dia 13 de agosto, sob o título "Candidatos da ignorância: Maluf, Collor, Rosinha". A colunista, entre outras acusações injustas, disse que sou política populista e como tal me aproveito da falta de estudos dos mais pobres para mentir, fingir que estou do lado deles etc. Os ataques também foram voltados ao meu marido, Anthony Garotinho, que como governador do Estado do Rio de Janeiro, investiu pesado na educação, cultura e em inúmeros programas sociais que geraram renda, emprego e moradia digna, principalmente para os mais carentes. A colunista só atacou, não informando aos seus leitores que Garotinho ao deixar o Palácio Guanabara, em 5 de abril, para disputar a Presidência da República pelo PSB, teve a sua administração aprovada por 88% do povo fluminense.
Quais os motivos que levaram a jornalista a me atacar num jornal de São Paulo? Afinal de contas, sou candidata ao governo do Rio de Janeiro e desde quando lancei meu nome à sucessão estadual pelo Partido Socialista Brasileiro -PSB- lidero com larga margem de folga as pesquisas eleitorais com grandes possibilidades de sair vitoriosa logo no primeiro turno. Acredito que a intenção de Marilene Felinto foi atingir a candidatura de meu marido, Anthony Garotinho, que luta para mudar este modelo econômico que vem levando o Brasil à beira do precipício.
Porém, como fui atingida, num ato democrático a justiça me concedeu o direito de resposta e vou mostrar porque sempre estive e estou ao lado do povo. Vamos lá!
Quando Garotinho foi prefeito por duas vezes da cidade de Campos, norte fluminense, participei das reuniões com o secretariado, principalmente na área social quando desenvolvi uma série de programas para as famílias de baixa renda. O mesmo aconteceu quando Garotinho esteve à frente do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Em 2000, assumi a Secretaria de Estado de Ação Social e Cidadania e implementei mais de 60 programas, que levaram educação, cultura, emprego, moradia, renda etc. às famílias mais carentes.
Marilene disse que sou populista talvez porque, como secretária, implantei o Vida Nova que é o bolsa-auxílio que beneficiou 4,7 mil jovens de 16 a 22 anos, moradores de 50 áreas pobres do Grande Rio. O programa permitiu aos jovens concluir o ensino fundamental e/ou ensino médio e trabalhar como agentes comunitários em seus locais de moradia; o Leite Saúde forneceu 200 toneladas mensais de leite em pó, enriquecido com vitaminas e sais minerais, para 100 mil crianças, de 2 a 12 anos; o Hotel Popular, inaugurado em março deste ano, oferece hospedagem a R$ 1 (isso mesmo, um real) a trabalhadores que não têm dinheiro para voltar para casa todos os dias.
Ainda à frente da secretaria de Ação Social, criamos no governo Garotinho as Clínicas Populares, que concedem internação especializada para dependentes químicos a partir dos 18 anos; no programa Reconstruindo Cidadania, mais de 9 mil pessoas, entre adultos, adolescentes e crianças, foram acolhidas nas ruas e levadas para centros de recuperação, encaminhadas de volta para casa e/ ou inseridas no mercado de trabalho; o Cheque Cidadão é um programa de complementação de renda que atingiu mais de 63 mil famílias situadas abaixo da linha de pobreza; os 15 Centros Comunitários de Defesa da Cidadania foram reestruturados e tiveram suas atividades ampliadas; o ICMS Social isentou do pagamento do imposto instituições religiosas que desenvolviam projetos sociais, há pelo menos dois anos; o Programa Um Lar Para Mim incentivou a adoção de crianças, a partir de 5 anos, e adolescentes por servidores do Estado.
Isso é populismo? Não! É obrigação do Estado. Ainda posso citar como exemplo o programa Restaurantes Populares, conhecido nacionalmente pelo sucesso que alcançou na área social. São sete restaurantes que servem aproximadamente 18 mil refeições por dia a R$ 1 (um real). Mais de um milhão de pessoas já almoçaram no Restaurante Popular Betinho, na Central do Brasil, o primeiro a ser inaugurado, em novembro de 2000.
Encerrando, informo à jornalista que no dicionário Novo Aurélio, Século XXI, página 1608, consta que "populista" vem do Lat. Populu, povo adj. 2 gén, relativo ao populismo; que é AMIGO DO POVO e que nem todo político -como afirmou- é desonesto. Basta consultar a minha declaração de bens entregue ao Tribunal Regional Eleitoral na ocasião do registro da minha candidatura ao Governo do Estado do Rio de Janeiro."
Rosinha Garotinho


Texto Anterior: FHC se beneficiou de programa no fim dos anos 70
Próximo Texto: Urbanidade - Gilberto Dimenstein: Passado presente do futuro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.