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Faculdades de tecnologia são foco, diz governo
DA REPORTAGEM LOCAL
A secretária de Ciência e
Tecnologia do governo
Cláudio Lembo (PFL),
Maria Helena Guimarães
de Castro, afirmou que o
crescimento das universidades estaduais a partir de
agora será "vegetativo",
sem outra forte expansão.
Ela disse ser "difícil" que
o governo eleve a vinculação para essas instituições
-mesma posição da gestão Geraldo Alckmin
(PSDB), que chegou a enfrentar uma greve nas universidades em 2005 por
ter vetado o aumento de
verbas garantidas para
USP, Unesp e Unicamp.
Castro diz que os 9,57%
do ICMS para as universidades são um valor "considerável" e suficiente para
que as instituições se
mantenham, mesmo com
o aumento de vagas.
"Nosso foco agora são as
Fatecs", disse a secretária,
referindo-se às faculdades
tecnológicas do Estado,
cujos cursos são voltados
ao mercado de trabalho e
formam os alunos em um
período menor (no mínimo um ano a menos).
Segundo Castro, a mudança de enfoque ocorre
por dois motivos. O primeiro é que USP, Unesp e
Unicamp são universidades de pesquisa, com uma
estrutura cara. "Elas nunca poderão ser massificadas. Essas universidades
precisam continuar a produzir pesquisas e pós-graduação de qualidade."
O segundo fator é a atual
forte demanda pelas Fatecs. Até 2007, o governo
quer 20 mil matrículas
nessas faculdades; em
2000, eram apenas 10 mil.
"Em média, os novos
cursos das Fatecs já começam com concorrência de
15 a 20 alunos por vaga. É
uma concorrência maior
do que muitos cursos da
USP, o que mostra uma
demanda reprimida."
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