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No Ceará, Justiça manda contratar mais médicos
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
A Justiça do Ceará determinou que o governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza retomem o atendimento
cardiovascular no Estado,
afetado pela recusa de médicos em fazer cirurgias cardíacas pagas pelo SUS (Sistema
Único de Saúde), vigente há
dois meses.
A ordem, da 6ª Vara da Fazenda Pública, prevê a contratação de cardiologistas e
anestesistas para trabalhar
em hospitais privados credenciados ao SUS, e que seja
pago a eles 50% da tabela
usada pelos planos de saúde.
Pela decisão, Estado e município terão de complementar, com recursos próprios,
os valores pagos pelo SUS, já
que a tabela tem preços bem
maiores. O Estado e o município só falarão após ter acesso ao teor da decisão.
A decisão, liminar (provisória), foi dada em ação movida pelo Ministério Público.
A fila de pacientes para cirurgias cardíacas no Estado
cresceu e chegou ontem a 78
pessoas. Apenas o Hospital
de Messejana faz o procedimento agora.
Paralisação
Responsável por um terço
das cirurgias cardíacas pediátricas pagas pelo SUS
(Sistema Único de Saúde) no
Ceará, o Incor Criança pode
parar por causa de um déficit
mensal de R$ 50 mil.
A instituição é filantrópica
e inteiramente financiada
pelo SUS. Segundo a direção,
pagamentos a funcionários e
fornecedores em agosto só
foram possíveis porque os
próprios médicos obtiveram
empréstimos pessoais para
manter a entidade.
Além de 25 cirurgias pediátricas, o Incor Criança faz
600 procedimentos médicos
em ambulatório todo mês.
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