São Paulo, sexta-feira, 04 de setembro de 2009

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Serra afirma que hospital terceirizado terá fila única

Atendimento de paciente, seja do SUS ou de plano, será pela urgência, segundo ele

Governador classifica como "trololó político" as críticas à lei que permite que unidades administradas por OSs atendam usuários de planos


DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador José Serra (PSDB) afirmou ontem que hospitais estaduais administrados por OSs (organizações sociais) não darão prioridade a quem puder pagar pelos serviços. A ordem de atendimento será determinada pela urgência do caso, em fila única.
Ele classificou como "trololó político" as críticas à lei que permite que essas unidades atendam pacientes de planos de saúde mediante cobrança.
O texto, que foi aprovado pela Assembleia na quarta-feira e aguarda a sanção do governador, estipula uma cota de 25% de atendimento a particulares. De acordo com o governo, a definição sobre o pagamento será dada após a alta médica.
O governador disse que a nova lei permitirá redução média de 10% nos custos e aumento de 25% nos atendimentos.
Uma das principais críticas é a possibilidade de mais pacientes superlotarem os hospitais que atendem pelo SUS e pessoas com plano obterem preferência -o que causaria prejuízo a quem usa o SUS.
"Isso é trololó do pessoal que é contra as organizações sociais, que é contra o atendimento bom da população. [...] É pessoal do PT sindicalista que está fazendo a onda, porque tudo o que o PT quer no plano nacional é fazer isso, a mesma coisa que a gente está fazendo", disse o governador.
Serra defendeu o projeto ontem na inauguração do primeiro hospital da rede de reabilitação Lucy Montoro, na zona sul.
De acordo com o governador, a lei permitirá que pessoas atendidas por planos tenham acesso ao tratamento de referência oferecido em muitas instituições, como o hospital inaugurado ontem, sem que o governo subsidie os planos de saúde.
"Em São Paulo, 40% da população tem plano de saúde, então nada mais justo que, quando for atendido em uma unidade mantida pelo governo, que o plano pague", afirmou.
(WILLIAM CARDOSO, ADRIANA FERRAZ e ANA FLOR)


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