|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Serra afirma que hospital terceirizado terá fila única
Atendimento de paciente, seja do SUS ou de plano, será pela urgência, segundo ele
Governador classifica como "trololó político" as críticas à lei que permite que unidades administradas por OSs atendam usuários de planos
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador José Serra
(PSDB) afirmou ontem que
hospitais estaduais administrados por OSs (organizações sociais) não darão prioridade a
quem puder pagar pelos serviços. A ordem de atendimento
será determinada pela urgência
do caso, em fila única.
Ele classificou como "trololó
político" as críticas à lei que
permite que essas unidades
atendam pacientes de planos
de saúde mediante cobrança.
O texto, que foi aprovado pela Assembleia na quarta-feira e
aguarda a sanção do governador, estipula uma cota de 25%
de atendimento a particulares.
De acordo com o governo, a definição sobre o pagamento será
dada após a alta médica.
O governador disse que a nova lei permitirá redução média
de 10% nos custos e aumento
de 25% nos atendimentos.
Uma das principais críticas é
a possibilidade de mais pacientes superlotarem os hospitais
que atendem pelo SUS e pessoas com plano obterem preferência -o que causaria prejuízo a quem usa o SUS.
"Isso é trololó do pessoal que
é contra as organizações sociais, que é contra o atendimento bom da população. [...] É
pessoal do PT sindicalista que
está fazendo a onda, porque tudo o que o PT quer no plano nacional é fazer isso, a mesma coisa que a gente está fazendo",
disse o governador.
Serra defendeu o projeto ontem na inauguração do primeiro hospital da rede de reabilitação Lucy Montoro, na zona sul.
De acordo com o governador,
a lei permitirá que pessoas
atendidas por planos tenham
acesso ao tratamento de referência oferecido em muitas instituições, como o hospital inaugurado ontem, sem que o governo subsidie os planos de
saúde.
"Em São Paulo, 40% da população tem plano de saúde,
então nada mais justo que,
quando for atendido em uma
unidade mantida pelo governo,
que o plano pague", afirmou.
(WILLIAM CARDOSO, ADRIANA FERRAZ e ANA FLOR)
Texto Anterior: Foco: Segunda maior favela de SP, Paraisópolis ganha uma orquestra sinfônica Próximo Texto: Violência: Advogado é baleado durante assalto em Perdizes Índice
|