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SP vai restringir caminhão em mais 4 vias em janeiro
Entre elas estão as avenidas Salim Farah Maluf, Anhaia Melo e do Estado
Alguns tipos de caminhão também serão barrados na marginal Tietê, mas de forma menos restritiva
EVANDRO SPINELLI
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO
A gestão Gilberto Kassab
(DEM) vai ampliar as restrições aos caminhões em São
Paulo a partir de janeiro.
Os novos alvos serão as
avenidas Salim Farah Maluf,
Luiz Inácio de Anhaia Melo e
do Estado. Alguns tipos de
caminhão também serão barrados até na marginal Tietê.
As medidas serão implantadas após a conclusão do
prolongamento da av. Jacu
Pêssego, prevista para as
próximas semanas e que fará
a ligação do trecho sul do Rodoanel, em Mauá, às rodovias Dutra e Ayrton Senna.
Essa nova obra é considerada pela prefeitura como
um tipo de mini-Rodoanel.
A restrição deve seguir
modelo semelhante ao da
marginal Pinheiros e av. dos
Bandeirantes, onde os veículos pesados são multados
desde anteontem se circularem das 5h às 21h.
No entanto, poderá haver
mais exceções -e, na marginal Tietê, será mais branda,
só para algumas atividades.
Isso porque ela não dispõe de
rotas alternativas de grande
porte e curta distância.
A intenção é que veículos
pesados vindos da Dutra,
Fernão Dias e Ayrton Senna
utilizem a rodovia Dom Pedro 1º, em Campinas, para
desviar ao sistema Anhanguera-Bandeirantes e, em seguida, ao Rodoanel.
A Prefeitura de São Paulo
deu o aval para que as restrições comecem em janeiro.
Oficialmente, no entanto,
a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma
que elas ainda estão em estudo e que espera a "consolidação" da Jacu Pêssego como
rota de caminhões.
"A atual restrição tem lógica, mas ainda precisa ser
amadurecida. Para ampliá-la, é preciso uma análise
mais aprofundada para verificar eventuais prejuízos ao
abastecimento. Tem que esperar mais tempo para não
colocar em nocaute uma boa
ideia", avalia Sergio Ejzenberg, mestre em engenharia
de transportes pela USP.
O presidente do Setcesp
(sindicato das empresas de
carga), Manoel Sousa Lima
Jr., disse ontem que, diante
das multas que começaram a
ser aplicadas nesta semana,
já recebeu os primeiros relatos de desabastecimento na
zona sul de São Paulo.
Segundo ele, indústrias
dos setores químico e metalúrgico instaladas entre a
ponte do Socorro e Interlagos, ao longo da marginal Pinheiros, avisaram ontem que
não receberam produtos.
A restrição aos caminhões
também provocou um aumento de fluxo no Rodoanel.
No trecho oeste, a quantidade média de veículos cresceu
5% e a de caminhões, 14%.
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