MÁRCIO PINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

TANIELE RUI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Um problema nos elevadores do hospital Pérola Byington, que fica na região central de São Paulo, tem causado transtornos a funcionários, pacientes e acompanhantes que freqüentam o prédio.
Ontem à tarde, a Folha esteve no local e verificou que, de três elevadores, apenas um estava em operação. O hospital é especializado no atendimento à mulher, e os elevadores da unidade atendem a 11 andares e a dois subsolos.
Ontem, várias pessoas evitavam esperar o elevador que funcionava e as filas que se formavam em alguns momentos da tarde e decidiam fazer seu trajeto usando as escadarias.
A dona-de-casa Racire Lourdes Campos, 39, acompanhante de uma paciente que está no hospital em razão de um câncer de mama, diz que, nos últimos dias, sobe e desce de escada até o oitavo andar. "Não tem outro meio. O elevador demora demais", afirma.
Já a doméstica Anésia Luciana Carvalho, 55, que faz tratamento de um nódulo no seio, diz que sempre sobe dois lances de escada. "O que vou fazer? Acho mais rápido, já nem espero mais o elevador."
Georgina Batista Santana, 56, acompanhada de uma criança de três anos, desceu e subiu quatro andares para fazer o exame de ultra-sonografia. Ela disse considerar "um absurdo fazer uma pessoa subir e descer tantos degraus" em um hospital.

Secretaria
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual da Saúde, um elevador teve problema na segunda-feira e outro, na terça-feira. O órgão afirma que a assistência técnica foi chamada e que um dos equipamentos foi concertado ainda na terça. O outro, informa a secretaria, tem uma peça com defeito que seria trocada entre a noite de ontem e a manhã de hoje. A diretoria do hospital, procurada desde as 12h de ontem por meio da secretaria, não falou com a reportagem.


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