São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006

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Diminuem os transtornos para os passageiros

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
DA AGÊNCIA FOLHA

Nem parecia o mesmo lugar: o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande São Paulo), onde anteontem milhares de passageiros se apinhavam nos balcões das companhias aéreas, estava vazio ontem de manhã.
Diferentemente do dia anterior, não havia gritaria, reclamações, excesso de gente, irritação nem banheiros, cafés e restaurantes lotados.
Com poucas diferenças, a cena se repetiu na maioria dos aeroportos do país, que viveram ontem um dia de quase normalidade. O quase ficou por conta dos muitos vôos cancelados, atribuídos desta vez à baixa procura, e de alguns atrasos que persistiram.
Em Cumbica, até 16h, foram registrados oito vôos atrasados ontem, contra cem no dia anterior (até 19h30). Ontem apenas dois vôos, pela manhã, sofreram atrasos superiores a duas horas. Segundo a Infraero, reflexo do dia crítico anterior.
No Aeroporto Internacional do Galeão (zona norte do Rio), 13 vôos atrasaram ontem ainda como reflexo da operação dos controladores de tráfego aéreo, mas as cenas de revolta de passageiros não se repetiram.
O Aeroporto Santos Dummont, no centro do Rio, que concentra a maioria dos vôos da Ponte Aérea Rio-São Paulo, funcionou normalmente.
A calmaria surpreendeu quem viu ou viveu o tumulto da quinta-feira. "Está muito diferente. Não tem comparação", dizia uma atendente da TAM em Cumbica, que não quis se identificar. Anteontem ela foi xingada de "incompetente" por passageiros que aguardavam o embarque.
Recém-chegada de Pequim, a médica Tânia Maria Lacerda estava surpresa: pela internet, viu anteontem que a situação nos aeroportos brasileiros era crítica. "Cheguei e vi tudo vazio. Ainda bem", disse. Ela embarcou às 14h30 de ontem (o horário previsto) em Cumbica para Salvador, onde mora.
O estudante Frederico Mattos, 29, que embarcou no Galeão para São Paulo, foi prevenido. "Trouxe meus avós mais cedo, mas o embarque atrasou apenas meia hora."
"Está um paraíso perto do que vi na TV", disse a aposentada Cleide Aparecida Santos, 54, que ontem não enfrentou nenhum problema para embarcar no aeroporto de Congonhas rumo a Recife. Nesse aeroporto, o único incômodo dos passageiros foram alguns atrasos, considerados normais.
Em outros dez aeroportos consultados, a situação era de poucos atrasos. A média nos aeroportos -Vitória, Curitiba, Belo Horizonte (dois), Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Salvador, Campinas e Cuiabá- foi de 30 minutos. O maior tempo de espera ocorreu no aeroporto de Recife -um vôo de Fortaleza demorou quatro horas para aterrissar.
No aeroporto de Porto Alegre, foram registrados atrasos máximos de uma hora e meia, em oito vôos.
Foram cancelados um vôo em Vitória (ES), dez em Curitiba (PR), 14 em Confins (região metropolitana de Belo Horizonte), quatro na Pampulha (Belo Horizonte) e três em Fortaleza (CE). A Infraero afirmou que os cancelamentos ocorreram em razão do movimento fraco no meio do feriado.
A movimentação foi normal no aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador (BA). A maior parte dos 120 vôos programados para ontem saiu no horário previsto, segundo a Infraero.


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