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Diminuem os transtornos para os passageiros
DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
DA AGÊNCIA FOLHA
Nem parecia o mesmo lugar:
o aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos (Grande São Paulo),
onde anteontem milhares de
passageiros se apinhavam nos
balcões das companhias aéreas,
estava vazio ontem de manhã.
Diferentemente do dia anterior, não havia gritaria, reclamações, excesso de gente, irritação nem banheiros, cafés e
restaurantes lotados.
Com poucas diferenças, a cena se repetiu na maioria dos aeroportos do país, que viveram
ontem um dia de quase normalidade. O quase ficou por conta
dos muitos vôos cancelados,
atribuídos desta vez à baixa
procura, e de alguns atrasos
que persistiram.
Em Cumbica, até 16h, foram
registrados oito vôos atrasados
ontem, contra cem no dia anterior (até 19h30). Ontem apenas
dois vôos, pela manhã, sofreram atrasos superiores a duas
horas. Segundo a Infraero, reflexo do dia crítico anterior.
No Aeroporto Internacional
do Galeão (zona norte do Rio),
13 vôos atrasaram ontem ainda
como reflexo da operação dos
controladores de tráfego aéreo,
mas as cenas de revolta de passageiros não se repetiram.
O Aeroporto Santos Dummont, no centro do Rio, que
concentra a maioria dos vôos
da Ponte Aérea Rio-São Paulo,
funcionou normalmente.
A calmaria surpreendeu
quem viu ou viveu o tumulto da
quinta-feira. "Está muito diferente. Não tem comparação",
dizia uma atendente da TAM
em Cumbica, que não quis se
identificar. Anteontem ela foi
xingada de "incompetente" por
passageiros que aguardavam o
embarque.
Recém-chegada de Pequim, a
médica Tânia Maria Lacerda
estava surpresa: pela internet,
viu anteontem que a situação
nos aeroportos brasileiros era
crítica. "Cheguei e vi tudo vazio. Ainda bem", disse. Ela embarcou às 14h30 de ontem (o
horário previsto) em Cumbica
para Salvador, onde mora.
O estudante Frederico Mattos, 29, que embarcou no Galeão para São Paulo, foi prevenido. "Trouxe meus avós mais
cedo, mas o embarque atrasou
apenas meia hora."
"Está um paraíso perto do
que vi na TV", disse a aposentada Cleide Aparecida Santos, 54,
que ontem não enfrentou nenhum problema para embarcar
no aeroporto de Congonhas rumo a Recife. Nesse aeroporto, o
único incômodo dos passageiros foram alguns atrasos, considerados normais.
Em outros dez aeroportos
consultados, a situação era de
poucos atrasos. A média nos aeroportos -Vitória, Curitiba,
Belo Horizonte (dois), Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Salvador, Campinas e Cuiabá- foi de
30 minutos. O maior tempo de
espera ocorreu no aeroporto de
Recife -um vôo de Fortaleza
demorou quatro horas para
aterrissar.
No aeroporto de Porto Alegre, foram registrados atrasos
máximos de uma hora e meia,
em oito vôos.
Foram cancelados um vôo
em Vitória (ES), dez em Curitiba (PR), 14 em Confins (região
metropolitana de Belo Horizonte), quatro na Pampulha
(Belo Horizonte) e três em Fortaleza (CE). A Infraero afirmou
que os cancelamentos ocorreram em razão do movimento
fraco no meio do feriado.
A movimentação foi normal
no aeroporto Luís Eduardo
Magalhães, em Salvador (BA).
A maior parte dos 120 vôos programados para ontem saiu no
horário previsto, segundo a Infraero.
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