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JUSTIÇA
Delegado é solto depois de ficar preso por algumas horas
DA REPORTAGEM LOCAL
Pouco mais de dez horas e
meia. Foi esse o período que
o delegado André Luiz Martins Di Rissio Barbosa passou no presídio Especial da
Polícia Civil, no Carandiru,
zona norte. Antes da curta
estada, ele havia ficado 14
dias internado "em observação" no hospital Alemão Oswaldo Cruz, no Paraíso.
A decisão de colocar o ex-presidente da Associação dos
Delegados de Polícia do Estado de São Paulo em liberdade partiu, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, do juiz federal Márcio Mesquita, do TRF
(Tribunal Regional Federal)
da 3ª Região.
No início da semana, conforme informou a Folha, a
Procuradoria da República
em Campinas (95 km de São
Paulo), havia pedido ao Cremesp (Conselho Regional de
Medicina do Estado de São
Paulo) que examinasse o
prontuário médico de Di
Rissio para emitir um parecer se a internação dele no
hospital particular era necessária ou não. Segundo
pessoas próximas a Di Rissio, ele está deprimido.
Por ordem da Justiça Federal, no dia 19 de outubro,
quando prestava depoimento na Corregedoria da Polícia
Civil -sob suspeita de integrar uma quadrilha que
mantinha um esquema ilegal
de liberação de mercadorias
importadas-, Di Rissio foi
preso acusado de falsidade
ideológica, uso de documentos falsos, descaminho, contrabando e corrupção ativa.
Antes dessa prisão, ele havia
sido preso em junho e denunciado por crime contra o
sistema financeiro.
Ontem, a reportagem tentou, sem sucesso, localizar Di
Rissio e seu advogado, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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