São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

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USP quer saída pacífica de invasores, afirma reitor

João Grandino Rodas diz que fará o possível para resolver o impasse

De acordo com ele, aprimoramento de convênio com PM não é descartado; comissão vai falar com invasores

DE SÃO PAULO

O reitor da USP, João Grandino Rodas, disse que a universidade vai fazer o possível para resolver o impasse com alunos de forma pacífica e que o convênio com a PM pode ser aprimorado, com maior detalhamento. Leia trechos da entrevista, por e-mail.

 


Folha - A reitoria vai apresentar proposta para tentar acordo de saída do prédio?
João Grandino Rodas -
A universidade constituiu uma comissão para dialogar com os invasores. O convênio firmado entre a USP e a PM, após o assassinato do estudante no campus, serve para fixar os princípios da atuação policial, e poderá ser negociado um maior detalhamento, que poderá ser apressar o estabelecimento de uma polícia comunitária, com policiais treinados para agir dentro do campus universitário.

Vai esgotar a negociação pacífica antes de acionar a PM?
A universidade espera e está fazendo todo o possível para que a situação se resolva pacificamente, sem que venha a ser necessária a execução forçada da ordem de reintegração de posse.

Haverá punição aos alunos?
A universidade prefere que os ilícitos perpetrados não sejam aprofundados pela continuidade e pela resistência à ordem judicial de desocupação. Isso tornaria as punições mais brandas. Iniciar o processo é dever legal de qualquer dirigente público. Em tese, há um elenco de ilicitudes passíveis de punições administrativas, que vão da suspensão ao desligamento. Acontecimentos mais graves, como danos ao patrimônio público ou lesão corporal, cabem ao Judiciário, tanto processar quanto eventualmente punir.

A reitoria vai rever o convênio com a Polícia Militar?
Modificações deverão ser apreciadas pelo Conselho Gestor. A sugestão de revogação do mesmo será inócua, pois a PM tem poder de policiar, dado pela Constituição. Entretanto, o conselho poderá sugerir detalhamentos e apressar a implantação do policiamento comunitário.

A reitoria cogita rever processos administrativos?
A USP, no passado recente, não tem sido muito eficaz na condução dos processos e, na maioria das vezes, eles acabam com pouca ou nenhuma punição. Portanto, tal reclamação deriva mais do medo de eventuais punições do que por punições que tenham sido impostas.


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