DA REPORTAGEM LOCAL

A eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo, um dos principais focos de atrito político do Legislativo e palco de barganhas de vereadores, vai ocorrer de dois em dois anos a partir da próxima legislatura, em 2005. Além disso, o número de integrantes da Mesa cai de sete para cinco, medida que começa a valer já no ano que vem. A eleição da Mesa está marcada para o próximo dia 15.
O projeto que estende o mandato da Mesa Diretora e corta dois suplentes faz parte do processo de reforma administrativa em andamento na Câmara.
A proposta foi aprovada ontem em primeira votação por 40 votos a 1, justamente o de um dos suplentes, o vereador Edivaldo Estima (PPS). Eram necessários 37 votos porque o projeto altera a Lei Orgânica do Município, na qual estão definidas a duração do mandato e a composição da Mesa Diretora. O projeto deve ser submetido à segunda votação na semana que vem.
A Mesa atualmente é formada pelo presidente, por dois vices, dois secretários e dois suplentes. A eleição acontece todos os anos. Com o projeto, ficam extintos os dois suplentes, que tinham um chefe-de-gabinete cada um, com salário de cerca de R$ 8 mil.
A eleição da Mesa quase sempre é tumultuada. Na do ano passado, vencida por Arselino Tatto (PT), a sessão foi marcada por empurrões, xingamentos e acusações de uso da máquina administrativa. Para Cláudio Fonseca (PC do B), o segundo vice, o mandato de dois anos "tira um fator político e não vincula a votação de projetos à negociação de cargos". (PDL)


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