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São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2003

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Garotinho questionou adolescente

DA SUCURSAL DO RIO

Ontem, o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, revelou em entrevista coletiva que no último domingo fez perguntas à filha de 13 anos dos Staheli por intermédio do subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres.
Ele disse que a adolescente negou que bebesse, usasse medicamentos ou tivesse namorado no Brasil ou nos EUA. Entretanto, acrescentou, "parece que nas cartas há informações no sentido contrário". Ele se referia a cartas apreendidas na casa da família.
Anteontem, Garotinho afirmara que "o criminoso conhecia em detalhes a própria casa", sugerindo que o assassinato tivera a participação de alguém da família. Ontem, ele voltou a dizer que a única hipótese descartada é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
Para o advogado criminalista Felipe Amodeo, consultado pela Folha, a conversa de Garotinho com a filha dos Staheli, intermediada pelo policial, não tem respaldo legal porque o secretário não preside o inquérito.
Garotinho disse que não fez nada de ilegal porque não tomou o depoimento formal da menina. Segundo ele, a conversa foi acompanhada pelos tutores (o casal que socorreu as crianças), que serviram como tradutores. O secretário diz também que não falou diretamente com ela. O delegado que investiga o caso repassou as perguntas de Garotinho aos tutores.


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