|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Garotinho questionou adolescente
DA SUCURSAL DO RIO
Ontem, o secretário de Segurança, Anthony Garotinho, revelou em entrevista coletiva que no
último domingo fez perguntas à
filha de 13 anos dos Staheli por intermédio do subchefe de Polícia
Civil, José Renato Torres.
Ele disse que a adolescente negou que bebesse, usasse medicamentos ou tivesse namorado no
Brasil ou nos EUA. Entretanto,
acrescentou, "parece que nas cartas há informações no sentido
contrário". Ele se referia a cartas
apreendidas na casa da família.
Anteontem, Garotinho afirmara que "o criminoso conhecia em
detalhes a própria casa", sugerindo que o assassinato tivera a participação de alguém da família. Ontem, ele voltou a dizer que a única
hipótese descartada é a de latrocínio (roubo seguido de morte).
Para o advogado criminalista
Felipe Amodeo, consultado pela
Folha, a conversa de Garotinho
com a filha dos Staheli, intermediada pelo policial, não tem respaldo legal porque o secretário
não preside o inquérito.
Garotinho disse que não fez nada de ilegal porque não tomou o
depoimento formal da menina.
Segundo ele, a conversa foi acompanhada pelos tutores (o casal
que socorreu as crianças), que
serviram como tradutores. O secretário diz também que não falou diretamente com ela. O delegado que investiga o caso repassou as perguntas de Garotinho
aos tutores.
Texto Anterior: Ministério no Rio: Filhos de executivo são impedidos de viajar Próximo Texto: Presídio: Presos libertam quatro reféns no segundo dia de rebelião em Bangu Índice
|